Com a ascensão das “soft skills”, ou habilidades comportamentais, uma série de novas palavras e expressões passaram a fazer parte do vocabulário corporativo. Alguns exemplos clássicos são “resiliência” e “inteligência emocional”, mas a lista completa é muito mais extensa, e também inclui o conceito de antifrágil. Você já ouviu falar nele?
Por mais que ele não seja tão famoso quanto outras competências emocionais, seu significado tem ganhado cada vez mais força e importância no mundo profissional. Hoje em dia, as discussões sobre ele estão ganhando o mercado de trabalho e adicionando novas reflexões sobre o que significa ser frágil, como aprender com as adversidades e que postura adotar frente a situações difíceis durante a carreira.
Mas o que essa palavra tão diferente significa, afinal de contas? Continue lendo para descobrir tudo sobre ela, seu surgimento e importância para os profissionais da atualidade.
O que é o conceito de antifrágil?
Uma ótima forma de começar a entender esse conceito é por meio do seu antônimo, ou seja, a palavra “frágil”. De acordo com o dicionário Michaelis, podemos compreender como frágil aquilo “que se rompe ou quebra com facilidade, que se estraga facilmente, de pouca resistência”, dentre outras definições. Isso significa que frágil é tudo aquilo que, ao enfrentar algum impacto, vai se romper ou sair lesionado daquela situação.
Em resumo, podemos dizer que frágil é aquele que piora quando lida com adversidades, enquanto o antifrágil é aquele que, ao contrário, consegue melhorar em contextos de adversidades. Estamos falando de pessoas, por exemplo, que se sobressaem justamente em períodos de crise, que têm a capacidade de se aperfeiçoar quando encontram problemas pela frente e evoluem por meio da dificuldade.
Para te ajudar a visualizar o conceito com mais facilidade, lembre-se dos mitos da Fênix e da Hidra de Lerna. Conforme pontuou o portal R7, os dois personagens mitológicos surgem mais fortes após lidar com problemas: o sentimento da iminência da morte, no caso da Fênix, e ter sua cabeça cortada, para a Hidra. O resultado é o renascimento da primeira e o crescimento de duas cabeças na segunda.
Como ele surgiu?
A ideia de antifragilidade foi criada por Nassim Nicholas Taleb, professor do Instituto Politécnico da Universidade de Nova York que se destaca por suas previsões do mercado financeiro e estudos em probabilidade e análise de riscos.
Em 2012, Taleb publicou o livro “Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos”, e desde então, essa nova forma de enxergar a dualidade da fragilidade tem movimentado discussões em diversas áreas, incluindo debates sobre crescimento pessoal.
Um desses debates, inclusive, leva em consideração outra soft skill, que é muito conhecida no mundo corporativo: a resiliência.
Qual a diferença entre ser antifrágil e resiliente?
Uma das grandes novidades trazidas pela ideia da antifragilidade é justamente ser diferente da famosa concepção de ser resiliente. Em uma análise rápida, as duas palavras podem parecer meros sinônimos, mas, na realidade, elas são bem distintas e usadas para descrever diferentes traços de personalidade.
Enquanto o antifrágil é a pessoa que se beneficia do caos, conseguindo se sobressair quando é desafiado, o resiliente é aquele capaz de navegar situações caóticas e resistir a elas. Contudo, isso não significa que o confronto com crises vai ser um gatilho de desenvolvimento para quem tem resiliência.
Enquanto o profissional resiliente, por exemplo, sabe lidar com imprevistos e não se abala com situações negativas, é a antifragilidade que fará com que esse colaborador use tais cenários para crescer, saindo delas com novos aprendizados, posturas e habilidades.
A importância da antifragilidade na sua trajetória profissional
Com essa explicação, ficou fácil descobrir por que os recrutadores e as empresas começaram a ficar de olho em pessoas antifrágeis, não é mesmo? Tal competência traz segurança tanto para os profissionais quanto para as companhias, que sabem que mesmo em meio a uma tempestade, a equipe será capaz de vencê-la e, ainda por cima, se superar.
Uma boa analogia para descrever o profissional com essa característica seria a máxima “se a vida te der um limão, faça uma limonada”. Afinal, é exatamente isso que o antifrágil faz: ao perceber que está em uma circunstância desagradável, ele é capaz de lidar com ela da melhor forma possível e usá-la para benefício próprio, buscando sempre o aperfeiçoamento de sua performance no trabalho.
Além disso, o antifrágil também sabe que não precisa evitar ou fugir das adversidades o tempo todo. Ele tem total compreensão de que tais questões fazem parte da vida e, muitas vezes, a única opção será enfrentá-las para que, no fim, seja possível aprender lições com cada uma delas para evitar problemas semelhantes no futuro.
Agora que você já entendeu o conceito de antifrágil, chegou a hora de desenvolver ainda mais a sua carreira. Para ser um profissional ainda mais diferenciado e valioso para o mercado, por que não fazer uma pós-graduação? Com os cursos oferecidos pela Pós Anhanguera, você tem a oportunidade de se tornar um especialista na sua área sem precisar sair de casa, já que as opções a distância são todas online e desenhadas para que você se torne um profissional ainda mais capacitado.