Você já sentiu que, com uma certa frequência, toma decisões que boicotam o seu desenvolvimento na área profissional? Procrastinar, evitar novos desafios, ter medo do novo e não acreditar que você merece uma carreira de sucesso são alguns exemplos desse comportamento, que pode significar que você está preso em um processo chamado o ciclo da autossabotagem. Mas o que isso quer dizer, exatamente?
Lidar com a constante sensação de insegurança e incapacidade é estressante e pode te prejudicar de inúmeras maneiras, por isso é tão importante identificar alguns padrões e agir para modificá-los. Assim, para esclarecer os principais tópicos sobre o assunto e conseguir superar o autoboicote, continue lendo o texto.
O que é sabotar a si mesmo?
A autossabotagem consiste em um padrão de comportamentos que, de forma consciente ou inconsciente, limitam a execução de tarefas por meio da criação de obstáculos mentais. Ou seja, o processo de boicotar a si mesmo é agir contra as suas próprias vontades, evitando se expor a situações que, se não correrem como o esperado, podem te deixar mais inseguro, diminuindo a autoestima e a autoconfiança.
Por mais que não existam motivos concretos para você desconfiar da sua capacidade, acreditar que não pode assumir novos desafios, ou ter medo de executar uma tarefa do seu dia a dia, a sua mente vai criar empecilhos que te levarão a acreditar nisso.
Dessa forma, você entra em um ciclo, deixando tudo para depois ou até mesmo se recusando a realizar determinadas ações, de maneira a complicar a execução e ter que abandonar o processo pela metade. Essa frustração “prova” para o seu cérebro que ele estava correto em um primeiro momento, o que te prende em um ciclo de frustrações criadas apenas pela sua mente.
Sintomas da autossabotagem
Para reconhecer um comportamento de autoboicote, veja os seus principais sintomas abaixo, que podem contribuir para atrasar o seu desenvolvimento profissional e prejudicar a sua carreira.
1 – Procrastinação
Uma das principais características da autossabotagem é a procrastinação, ou seja, a decisão de adiar ao máximo a realização de uma demanda.
2 – Postura negativa
Outro ponto de atenção é assumir uma postura negativa sobre tudo, focando sempre nas partes ruins do trabalho. Você esquece de celebrar os momentos e tarefas boas e que te trazem alegria, fazendo parecer que o lado negativo se sobrepõe a eles.
3 – Medo excessivo de cometer erros
Quando você sente muito medo de fazer qualquer coisa, ou de assumir novos desafios e tentar novas atividades no trabalho, essa pode ser a “voz da autossabotagem”.
Pensando em um possível desfecho negativo, que te deixaria chateado e inseguro, você sente medo de começar e, muitas vezes, deixa boas oportunidades passarem.
4 – Falta de constância
Os três tópicos anteriores costumam culminar em uma falta de constância. Você raramente termina algo que já começou, desiste antes mesmo de iniciar, não consegue manter um padrão de entregas e vive entre altos e baixos.
5 – Comparação com a vida de outras pessoas
Uma forma clássica de “alimentar” seu autoboicote é comparar a sua vida com outras pessoas.
Assim, você começa a se sentir inferior e incapaz, tendo em vista as conquistas de outros colegas, e não consegue ver suas qualidades e tudo que você já alcançou até agora.
Como superar o ciclo da autossabotagem em 7 etapas
Se você identificou alguns desses sintomas no seu comportamento em relação ao trabalho, pode ser que esteja sofrendo com a autossabotagem. Por mais que pareça muito difícil acreditar em si mesmo e sair dessa situação, é possível superar essa série de comportamentos e ter uma postura saudável e positiva frente a sua carreira.
Para isso, siga os passos a seguir e aprenda a acreditar no seu potencial, pois isso será a chave para crescer cada vez mais e deixar o autoboicote no passado.
1 – Procure ajuda profissional
Antes de começar a tomar atitudes sozinho, é interessante buscar ajuda profissional. O apoio de um psicólogo é essencial no processo de superação da autossabotagem, já que o profissional tem todas as ferramentas e conhecimento para te ajudar a buscar o cerne desse ciclo e tratar as questões que te levam a um cenário de insegurança e baixa autoestima.
2 – Identifique o ciclo
Uma ótima forma de iniciar a superação do problema é ser capaz de identificá-lo. Assim, quando você perceber que está se autossabotando, vai ter uma visão muito mais ampla e racional sobre a situação.
Você vai conseguir enxergar os comportamentos nocivos assim que eles aparecerem, e dessa maneira, fazer de tudo para que eles não dominem as suas atitudes.
3 – Aja para melhorar sua autoestima
O processo psicoterapêutico vai contribuir muito para melhorar seu autoconhecimento e autoestima, que podem ser excelentes remédios contra o autoboicote. Afinal, acreditar em si mesmo é a chave para assumir novos desafios e conseguir se dedicar à sua profissão.
4 – Invista em você mesmo
Uma maneira de melhorar a autoconfiança e autoestima é investir em si mesmo, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional. Valorize momentos de lazer, agrade a si mesmo, tenha hobbies, comece novos cursos e, quem sabe, iniciar uma pós-graduação a distância em 6 meses.
Tais ações reforçam a sua capacidade e importância, aumentando o amor próprio e a vontade de atingir seus objetivos.
5 – Seja paciente com o seu processo
O processo de autoconhecimento e superação do boicote a si mesmo é longo, então, não espere mudanças imediatas. Acredite no seu esforço, se comprometa e continue na psicoterapia para que, a longo prazo, os resultados apareçam e se estabeleçam de forma permanente.
6 – Reconheça suas conquistas
Sempre que conquistar algo novo e ter vitórias na sua carreira, não deixe-as de lado. Reconheça, celebre e comemore os momentos bons, que são reflexos do seu esforço e competência.
Muitas vezes, a autossabotagem pode te fazer pensar que as conquistas não são “tão boas assim”, ou que elas não são mérito seu, mas não caia nessa armadilha.
7 – Entenda que errar é normal
O erro, e até mesmo o fracasso, são normais e podem acontecer com qualquer pessoa. Ao longo da vida, você provavelmente vai errar e fracassar mais de uma vez, e isso não é motivo para desistir dos seus objetivos ou se estagnar.
Encerrar o ciclo da autossabotagem também inclui aceitar que não há nada de grave ou errado em tropeçar no meio do caminho, ter que “recalcular a rota” ou dar alguns passos para trás. Isso tudo faz parte da sua jornada e, muitas vezes, as derrotas ensinam mensagens valiosas para que, no momento certo, você atinja a vitória.