O cinema é uma ótima forma de descobrir mais sobre o mundo e estilos de vida diferentes. No caso dos filmes de Direito, os dramas de tribunal contam casos reais que mudaram a história e fictícios que também inspiram futuros estudantes de Direito.
Seja por mostrar outro lado do crime, seja por envolver investigações dignas de thrillers, os filmes encenam e, claro, dramatizam, alguns dos aspectos mais inusitados do Direito.
Então, é claro que são ótimos para uma boa noite de cinema, tanto para quem estuda Direito quanto para quem tem curiosidade em relação à área. Confira nossas dicas e pegue a pipoca!
Suprema, 2018 (dir. Mimi Leder)
Nesse longa metragem biográfico, conhecemos a futura juíza da Suprema Corte norte-americana, Ruth Bader Ginsburg. Conhecida por abrir espaço para a atuação de mulheres no Direito, RBG foi uma das únicas alunas de sua turma em Harvard.
A juíza, 2018 (dir. Betsy West)
Nesse documentário, o público acompanha RBG e sua carreira na Suprema Corte, onde foi pioneira e dissidente em questões de igualdade de gênero e direitos reprodutivos, sendo considerada uma voz importante na luta das mulheres estadunidenses.
Medida Provisória, 2020 (dir. Lázaro Ramos)
E se o governo decretasse uma medida provisória que todos os brasileiros negros devem ir para a África? A reação a essa votação parlamentar, feita com um suposto viés de reparação histórica, causa rupturas nas vidas cotidianas dos brasileiros nesse cenário futurista. Apesar de se tratar de uma ficção especulativa, o filme explora o impacto de decisões parlamentares e legislação na vida das pessoas.
Luta por Justiça, 2019 (dir. Destin Cretton)
Após se formar em direito em Harvard, um jovem advogado quer oferecer seus serviços a condenados que não podem arcar com custos jurídicos. No processo, ele começa a investigar o caso de Walter McMillian – que é um caso real –, condenado à morte mesmo sem evidências que comprovem seu suposto crime.
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Pink, 2016 (dir. Aniruddha Roy Chowdhury)
Um olhar crítico sobre o sistema jurídico na Índia, com a história de uma vítima de abuso sexual que acaba sendo acusada de tentar assassinar seu agressor.
Terra Fria, 2005 (dir. Niki Caro)
Quando homens das minas de ferro no Minnesota ficam ofendidos na presença de mulheres na área, a mãe solteira Josey Aimes e seu grupo de trabalhadoras lida com insultos e abusos. Frente às dificuldades, ela decide criar uma ação judicial contra seus agressores.
Marshall: Igualdade e Justiça, 2017 (dir. Reginald Hudlin)
Em um caso que ganhou notoriedade ao público, o futuro juiz da Suprema Corte Thurgood Marshall define sua carreira: um homem negro que trabalha como motorista é acusado de abuso por sua chefe branca. Dedicado a contar a verdade, mesmo contra um sistema criminal desigual e permeado por racismo, o advogado explora a importância dos direitos civis e o impacto nas decisões judiciais.
Teia de mentiras, 2013 (dir. Karen Moncrief)
Depois de perder tudo, a ex-promotora Cate precisa vê em uma mulher acusada injustamente de assassinato sua única chance de reverter sua credibilidade.
Mas, para que sua vida e carreira voltem ao que eram, ela precisa desvendar uma rede de mentiras e enfrentar muitos desafios.
Cafarnaum, 2018 (dir. Nadine Labaki)
Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro,esse filme aborda a jornada de Zain, um garoto de doze anos que, ao fugir de casa e cometer um crime, é condenado a uma pena de cinco anos.
Levado à corte, Zain inicia um processo contra seus pais negligentes por ter feito com que ele nascesse e questiona o poder familiar. A história acompanha o processo de Zain, com flashbacks de sua realidade familiar e o cenário de Beirute em que ele comete o crime.
Selma: uma luta pela igualdade, 2014 (dir. Ava DuVernay)
Em 1965, o ativista dos direitos civis Martin Luther King Jr. marchou de Selma a Montgomery, no Alabama, para lutar pelo direito de voto da população negra.
Com as tensões entre os movimentos civis e o conservadorismo crescendo nos EUA, Martin Luther King Jr. e seus aliados precisam enfrentar governos locais, pressão social, brutalidade policial e outras barreiras para expor a desigualdade no acesso à democracia do país.
Como assistir filmes ajuda nos estudos?
Ao se preparar para as provas, é importante incorporar também momentos de lazer que ajudem a diminuir o estresse. Aproveitar o tempo livre para assistir uma narrativa interessante é uma ótima ideia.
Aqui, os filmes também funcionam como mais uma forma de entrar em contato com os conteúdos: além de livros e resumos, entender a aplicabilidade e o impacto dos temas vistos em sala faz toda a diferença.
Nesse caso, ajuda a enxergar essas temáticas de outro ponto de vista. Ou seja, além de ensinar mais sobre Direito, também ajuda advogados e juízes em formação a refletir sobre as diferentes facetas da legislação e como ela está diretamente ligada a questões socioculturais.
Para quem prefere narrativas mais longas e divididas em episódios, as séries sobre Direito são uma ótima opção. Ainda que exagerem alguns aspectos da atuação legal, elas também mostram as oportunidades diversas que a carreira jurídica oferece e evidenciam a importância de todos esses papéis serem desempenhados para garantir um sistema mais funcional.
Filmes de direito e questões sociais
Um dos pontos mais importantes dos filmes de Direito, livros e outras mídias é que elas permitem que mais pessoas expressem sua realidade.
Durante a formação, o aluno terá um contato limitado com a vivência de outros sistemas jurídicos e áreas que estejam além de sua especialidade. Porém, por meio de filmes e outras histórias, é mais simples conhecer a realidade de outros países, outras pessoas e culturas.
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Nesse sentido, seja em documentários ou ficção, o profissional do Direito aprende, reflete e incorpora conhecimentos que poderão ser úteis tanto em suas referências de estudo como na prática profissional.
Este conteúdo foi produzido pela Rede LFG. Esperamos que tenha gostado! Se quiser conferir outros conteúdos sobre o universo do Direito, acesse o blog LFG!