As pressões no trabalho, prazos curtos, metas agressivas e desafios da profissão podem se tornar um peso e tirar a nossa paz. Como consequência, sentimentos de cansaço, derrota e tristeza dominam nosso dia, afetando o equilíbrio emocional no trabalho.
Esses sentimentos acumulados podem gerar ainda mais insatisfação e levar a uma queda de produtividade, dificultando a realização até de tarefas mais simples. Outro fator que influenciou nos sentimentos nos últimos anos foi a pandemia, que trouxe incerteza e medo.
O resultado é que as emoções às vezes não conseguem ser controladas, e isso afeta nosso trabalho, além da vida pessoal. O debate entre razão e emoção não vem de hoje, e buscar esse equilíbrio é o desejo de muitas pessoas.
Em geral, quando não conseguimos controlar essas sensações, nos tornamos explosivos e imprevisíveis, agindo sem pensar e tomando decisões precipitadas. Mas se os sentimentos fazem parte de nós, é possível encontrar maneiras de entendê-los e controlá-los.
Equilíbrio emocional no trabalho
Antes era um tabu demonstrar sentimento no trabalho e hoje isso é mais aceito. Inclusive, ter empatia e saber ouvir e entender o próximo é uma habilidade desejada nas empresas modernas que prezam pelo bom relacionamento das equipes.
Por outro lado, o ambiente de trabalho pode colocar as pessoas em situações adversas, que afetam diretamente sua capacidade de tomar decisões ponderadas. E é aí que entra o equilíbrio emocional, ao saber dosar essas sensações, pensar antes de agir e procurar ferramentas para solucionar as questões sem desgastes emocionais profundos.
Causas do desequilíbrio emocional
Para os líderes e profissionais de Recursos Humanos, é importante entender o que pode levar a esse desequilíbrio por parte dos colaboradores. Muitos desses motivos podem estar relacionados a má administração das tarefas, falta de recursos e liderança ineficiente.
As causas incluem:
- Cobrança excessiva e intolerância a erros: se até as máquinas erram, como os humanos não errariam? Os resultados são importante, claro, mas precisam considerar o bem estar e o fator humano por trás dos números e planilhas;
- Equipe sem colaboração: um time cresce e produz junto. Não ter apoio dos colegas e não poder contar com a equipe torna o ambiente mais improdutivo;
- Críticas negativas constantes: os colaboradores precisam ter inteligência emocional para lidar com feedbacks, claro, mas há maneiras construtivas de fazer críticas, buscando o desenvolvimento das pessoas, ao invés de fazê-las se sentirem mal;
- Má organização do ambiente: uma mesa bem organizada, pastas do computador nomeadas, arquivos em ordem ajudam muito a ter uma vida mais saudável e diminuir os problemas.
Como desenvolver equilíbrio emocional no trabalho?
O equilíbrio emocional está relacionado à capacidade de compreender a influência das emoções nas nossas atitudes, exercer autocontrole e buscar respostas mais centradas e racionais, mesmo em momentos de crise.
Então, não se desespere! Saiba que há formas de encontrar esse equilíbrio e ter uma vida profissional menos turbulenta. Veja quatro dicas para alcançar esse controle:
1 – Faça uma autoanálise
O primeiro passo é entender melhor suas emoções, como elas te dominam e quais os gatilhos que geram esses desequilíbrios. Se conheça melhor, e entenda a raiz desses sentimentos.
Pode ser que esse descontrole esteja relacionado a insatisfações, seja no trabalho, seja na vida pessoal, e a melhor forma de superar isso é lidando com isso de frente.
2 – Entenda que você não é pior que os outros
As pessoas são únicas, e em uma equipe, todos têm algo a oferecer. Pode ser que você se sinta incapaz, mas certamente há alguma atividade onde você se destaca em relação aos seus colegas.
Analise seu dia a dia, veja quais são as perguntas que seus pares te fazem, o que eles precisam de você. A partir daí, fica mais fácil entender seus pontos fortes e sair desse “limbo” onde acha que é pior que os outros.
Encontrar essa habilidade pode, inclusive, trazer frutos positivos para seu trabalho. Você pode descobrir, por exemplo, que consegue se especializar nesse tema, se tornar um profissional melhor e crescer na carreira.
3 – Encontre atividades que te deixem feliz
A rotina de trabalho pode ser muito exaustiva. Acordar cedo, se arrumar, enfrentar o transporte lotado, chegar atrasado, almoçar correndo, trabalhar por muitas horas seguidas, enfrentar o transporte lotado de novo e voltar para casa. Ufa. Em meio a esse corre-corre, às vezes esquecemos de fazer coisas que nos tragam felicidade.
Não precisa ser algo grande nem complexo. Comece com coisas pequenas: vá jantar no seu restaurante favorito depois de um dia difícil, encontre com os amigos para desabafar, pegue uma sessão de cinema. Equilíbrio inclui dosar trabalho e vida pessoal.
4 – Pratique exercícios físicos
Você pode dizer que não tem tempo nem dinheiro, mas se tem uma coisa que a pandemia ensinou é que podemos praticar exercícios dentro de casa, com o que tem ao nosso alcance. Atividades físicas geram endorfina, dopamina e serotonina, que promovem a sensação de bem-estar. Encontre algo que você gosta e tente se dedicar a isso por alguns minutos, horas, ou dias, dependendo da sua rotina.
Mesmo praticando as dicas acima, é possível que você ainda sinta insatisfação no trabalho, o que indica que está na hora de mudar. Nem sempre é fácil aceitar isso, ou até mesmo dar o primeiro passo, mas o trabalho é parte integrante de nossa vida e precisa nos trazer algum tipo de felicidade e satisfação pessoal. Por isso, analise se esse momento chegou, você pode descobrir que a resposta é sim.
Mas não se preocupe, há muitas opções para tomar novos rumos na sua vida. Seja sincero com você mesmo, ponha no papel seus sonhos e entenda como fazer para chegar lá. Você também pode fazer uma pós-graduação LFG, que te prepara para concursos públicos.
Buscar o equilíbrio emocional no trabalho e na vida pode abrir caminhos, possibilidades e oportunidades. Busque apoio de profissionais e amigos, ouça você mesmo e utilize nossas dicas para viver de forma plena.
