Sustentabilidade é um conceito muito comentado nos últimos anos, e a pressão para o aumento dessa prática no meio empresarial segue crescendo. Porém existem muitas formas de criar um ambiente mais sustentável, o que popularizou o conceito de práticas ESG.
A sigla, em inglês, significa “Environmental, Social and Governance” (Ambiental, Social e Governança), e engloba todas as ações desenvolvidas por uma empresa para melhorar sua conduta dentro desses três critérios.
O ESG se tornou um importante padrão a ser alcançado, e hoje inclui certificações e selos que atestam o compromisso de uma organização com os temas acima. Com isso, as empresas que se comprometem com a melhora ambiental, social e de governança mostram que estão em busca de minimizar seus impactos globais, construindo um mundo melhor e mais justo.
O termo é relativamente novo e surgiu em uma publicação do Pacto Global feita em parceria com o Banco Mundial e instituições financeiras do mundo todo, como forma de integrar esses fatores no mercado de capitais. Desde então, a iniciativa seguiu crescendo, e hoje é um fator determinante de qualidade e excelência nas empresas.
A importância do ESG nas empresas
Alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU (Organização das Nações Unidas), o ESG tornou-se um indicador indispensável no mercado financeiro global, e hoje é parte integral das estratégias das empresas e da tomada de decisões.
Ao contrário do que se pensa, prezar por soluções sustentáveis, seja na esfera ambiental, seja na corporativa, não gera menos lucro. Segundo um levantamento da Bloomberg, até 2025, o investimento relacionado a esse tipo de ação será de US$ 53 trilhões. Até 2020, esse valor foi de US$ 38 trilhões.
A preocupação com o ESG ainda gera impacto direto na relação com os consumidores. Um movimento crescente, que se tornou ainda mais evidente durante a pandemia, é a forma sustentável de desenvolver produtos, e a reputação de uma empresa se tornou um ponto de referência para o mercado.
Antes de fazer uma compra, seja de produtos, seja de serviços, alimentos, ou o que seja, as pessoas se preocupam em descobrir como essa empresa se comporta, e se ela está atenta a esse movimento. Portanto, quem não tiver o ESG como um ponto central para pensar estratégias para o futuro vai perder espaço no mercado nos próximos anos.
Além disso, as questões relacionadas ao social e a governança resultam em uma imagem empresarial mais positiva. Isso porque as organizações alinhadas com esses padrões estão menos suscetíveis a escândalos de corrupção, problemas jurídicos e trabalhistas, questões raciais e de gênero.
Práticas ESG
Como, então, transformar esse conceito tão amplo em ações reais, que podem ser aplicadas por todos, e transformadas em metas e resultados? Damos as dicas a seguir:
Gestão de resíduos e conscientização
O primeiro passo para ser sustentável é ter uma política sólida de gestão e descarte de resíduos. Isso inclui várias etapas:
1- identificar os resíduos
2- reduzir sua geração
3- reutilizar o que for possível
4- reciclar adequadamente
5- fazer o descarte correto
Para isso, todos na empresa devem estar alinhados, o que significa fazer ações de conscientização, informando e treinando todos para fazer sua parte.
Diversidade e inclusão
Um ambiente plural e diverso é benéfico para uma organização, ao oferecer diferentes perspectivas, o que irá gerar ideias e soluções mais abrangentes. Um ambiente inclusivo permite acolher essa diversidade, oferecendo oportunidade igual de desenvolvimento para todos. Essas ações impactam em um clima organizacional positivo, e promovem a igualdade social nas empresas.
Compliance e transparência
O compliance é a forma como a empresa se conduz dentro da lei e de regras estabelecidas por órgãos reguladores. Ter transparência ao lidar com essas informações gera mais segurança para os funcionários, e torna a empresa um exemplo e uma marca forte.
Isso exige a contratação de profissionais com conhecimento técnico sobre a legislação, que possam atuar para garantir que a empresa aja de forma correta. O compliance inclui a criação de um código de conduta, que deve ser disseminado entre os funcionários.
Equipe focada na gestão ESG
Todos esses exemplos acima fazem parte das práticas ESG e devem ser seguidos por empresas que buscam se adequar a esses padrões. Para isso, é necessário a criação de uma equipe que acompanhe esse trabalho e ajude a desenvolver essas estratégias de forma alinhada com as áreas.
Principais barreiras para a adoção de práticas ESG
Embora essa equipe seja essencial estabelecer altos padrões ESG dentro de uma organização, na prática isso esbarra com a falta de especialistas disponíveis no mercado. Segundo a pesquisa do Guia Salarial 2023 da Robert Half, 55% das empresas brasileiras encontram dificuldade para contratar profissionais qualificados para essa função.
Esse cenário, porém, pode mudar, já que existem especializações que podem promover, inclusive dentro das empresas, colaboradores ao status de especialistas. Apostar no desenvolvimento profissional da equipe está, inclusive, alinhado com boas práticas sociais e de governança.
A pós-graduação EAD da Anhanguera pode contribuir com essa importante etapa, já que a instituição oferece inúmeros tipos de especialização dentro do tema, com duração a partir de 4 meses.
Ainda segundo o levantamento, outros fatores que dificultam a evolução de práticas ESG nas organizações brasileiras incluem limitação de fundos para implementação (40%) e falta de apoio da liderança (37%). Fica claro que se a preocupação ambiental, social e de governança deve ser um esforço coletivo, e é a única forma das empresas prosperarem no futuro.
