A transformação digital e os acontecimentos mundiais dos últimos anos trouxeram muitas renovações para o mercado profissional, desde os modelos de trabalho, até novas profissões. Dentro do RH, essa mudança também acontece de forma acelerada, alinhada a novas exigências do mercado e políticas mais inclusivas e justas. As profissões do futuro em Recursos Humanos tem um papel fundamental em apoiar as pessoas e canalizar essas renovações.
O setor tem se especializado cada vez mais, ao fazer a ponte entre os colaboradores e as lideranças, sempre com foco em uma gestão humanizada. O mercado altamente competitivo gerou pressão por produtividade e, aliado ao período de pandemia, acabou tendo um efeito negativo na saúde mental dos profissionais.
Profissões do futuro em Recursos Humanos
Portanto, os desafios do RH para os próximos anos incluem promover um ambiente mais produtivo, enquanto trabalha pelo bem-estar corporativo e as profissões do futuro abrangem esses desafios.
Segundo o Guia Salarial 2023 da Robert Half, essas são as 4 profissões do futuro no setor de RH:
- People Analytics
- Change Management
- Diversidade e Inclusão
- DHO com foco em coach de liderança
A seguir, vamos nos aprofundar em cada uma, e entender sua importância para o futuro das organizações.
People Analytics
O cargo, que pode ser traduzido como “analista de pessoas”, tem foco em estatísticas, baseadas em dados de equipes. Por meio de softwares, o people analytics consegue coletar, avaliar e diagnosticar o desempenho dos colaboradores, auxiliando os gestores em tomadas de decisão mais assertivas.
A principal vantagem dessa análise é evitar o turnover e ter um melhor aproveitamento da equipe. Além disso, permite que as lideranças sejam proativas em relação a suas equipes, desenvolvendo programas e capacitações mais precisos, que vão beneficiar o desenvolvimento dos colaboradores internamente.
Para exemplificar, a Nielsen, empresa global de análise e consultoria, descobriu que se tivesse redução de 1% no desgaste dos funcionários, poderia evitar US$ 5 milhões em custos. Também descobriram que o principal fator de retenção da empresa eram mudanças de cargo internas. Com isso, baseados na análise de dados, eles promoveram uma recolocação de colaboradores que gerou US$ 10 milhões em economia só nos oito primeiros meses.
Isso significa que esses dados permitem avaliar a satisfação e desempenho dos colaboradores, e promover seu crescimento ao avaliar oportunidades onde ele é mais adequado.
Change Management
O gerenciamento de mudanças permite avaliar, através de ferramentas e metodologias, formas de administrar os colaboradores quando a empresa está passando por transformações. Isso implica em preparar e dar suporte para as equipes, criando um plano de ação para a realização de um novo projeto, área, ou processo.
Um exemplo recente é da pandemia e as alterações que ela trouxe ao panorama corporativo. Empresas com um gerenciamento de mudanças bem desenvolvido puderam se adaptar mais rápido e facilmente ao formato de home office, sem perder a produtividade, fornecendo o apoio necessário para que os colaboradores exercessem suas funções de casa.
Como comentamos acima, os últimos anos foram de muitas transformações, e a tendência é que o mercado de trabalho siga em rápida e constante evolução. Novos sistemas, formatos de trabalho, inovações tecnológicas e sociais surgem em larga escala, e será preciso estar preparado para aplicar isso nas organizações sem grande impacto na produtividade, bem-estar, e aspectos financeiros.
Diversidade e Inclusão
O setor de D&I já é presente em muitas empresas, mas a tendência é que se desenvolva ainda mais e se torne central nas organizações do futuro. Isso porque as pautas sociais avançaram nos últimos anos, em busca de uma sociedade mais justa e igual.
Além de ser um desejo da população, também é um agregador de valor para a companhia. Estudos apontam que os consumidores buscam marcas que estão engajadas com a transformação social. Uma pesquisa realizada pela agência de RP e marketing Fleishman Hillard mostra que 70% dos consumidores escolhem produtos e serviços de organizações que geram impacto social e ambiental.
No centro disso, está uma organização que só tende a ganhar com a inclusão e diversidade. Além de permitir que os colaboradores lidem melhor com as diferenças, uma organização plural tem mais chances de criar soluções inovadoras, justamente por promover novos olhares e perspectivas.
DHO com foco em coach de liderança
A área de Desenvolvimento Humano e Organizacional é a que melhor ilustra a necessidade de equilíbrio entre bem-estar e produtividade. O papel desse setor é justamente buscar ferramentas para engajar e motivar os colaboradores, ao analisar e entender o que pode estar afetando sua produtividade.
A proposta do DHO é valorizar as equipes, promovendo uma gestão mais humanizada. Entre suas atribuições estão a comunicação com os colaboradores para entender suas dores, buscar ações que desenvolvem o bom relacionamento entre as equipes, encontrar formas de motivar as pessoas e, principalmente, treinar e desenvolver os profissionais, incentivando-os a evoluir dentro da instituição.
A particularidade dessa posição está no foco em liderança. Um bom líder precisa trabalhar soft skills como comunicação, segurança, empatia e responsabilidade, além de um perfil que busca soluções e está sempre atento a formas de inovar. Esse cargo deve estar atento a essas características e fornecer aos colaboradores ferramentas para que as desenvolvam.
Para conhecer mais a fundo cada uma dessas áreas e se aperfeiçoar, é necessário seguir em busca de conhecimento. Uma especialização ajudará a preparar os profissionais de RH a atuar nesses segmentos, que terão destaque nos próximos anos. Para isso, é possível concluir uma pós-graduação em 6 meses.
No formato EAD, os profissionais vão se aprofundar nos temas e se preparar para atuar nas profissões do futuro em Recursos Humanos.