Você já ouviu falar em fobia social? Trata-se de um transtorno de ansiedade que pode ter efeitos negativos na vida pessoal e profissional das pessoas. É comum que alguns se sintam envergonhados na hora de apresentar um trabalho, ao falar em uma reunião, ou até aparecer na frente das câmeras, mas quando esse receio se transforma em medo excessivo e paralisa o indivíduo, é possível considerar um transtorno.
Em alguns casos, as pessoas se tornam incapazes de interagir socialmente, seja em um evento com amigos, seja em um encontro, ou até mesmo com a família. No trabalho, encontram dificuldades até em conseguir emprego, já que essa condição afeta sua capacidade de se comunicar em entrevistas.
Com os últimos anos, por conta do isolamento devido a pandemia, esse distúrbio social se tornou ainda mais evidente, justamente porque no período as atividades que envolvem socialização foram suspensas.
Como é uma pessoa com fobia social?
Alguns sintomas apresentados por quem sofre de fobia social incluem paralisação, suor excessivo, palpitações, tremores e náuseas. Em alguns casos, pode levar a emoções exacerbadas, como acessos de raiva ou de choro.
Pessoas que sofrem com esse transtorno são autocríticas e extremamente conscientes do que as pessoas ao seu redor pensam delas. Elas costumam ter medo de serem ridicularizadas, e sentem que são julgadas a todo momento.
Também têm dificuldade para fazer contato visual e as atividades mais simples podem gerar ansiedade extrema. Por fim, elas evitam qualquer tipo de ambiente com muitas pessoas, desde bares e restaurantes, até transporte público e ruas muito movimentadas.
Confira outras características que podem configurar fobia social:
- Nervosismo em situações de descontração com amigos ou colegas de trabalho;
- Ansiedade antes de eventos sociais;
- Medo de interagir com outras pessoas, especialmente se forem figuras de autoridade;
- Dificuldade para se expressar ao se colocar em evidência;
- Desconforto para atender ou fazer ligações.
As causas que podem levar uma pessoa a desenvolver esse transtorno são muitas, e estão principalmente relacionadas a traumas. Se, por exemplo, a pessoa já passou por uma situação negativa ao falar em público, isso pode gerar um bloqueio e aumentar a ansiedade.
Problemas familiares e até mesmo maus-tratos na infância também podem contribuir. Uma criança que se desenvolveu sem apoio ou afeto em casa, ou ainda que sofreu bullying na escola, pode ter uma predisposição maior a essa condição.
Como diagnosticar fobia social
Apesar dos sintomas comentados acima, somente um profissional deve diagnosticar esse transtorno. Psicólogos ou psiquiatras possuem o conhecimento necessário para fazer essa avaliação, por meio de perguntas que ajudam a compreender seu quadro emocional.
Em geral, os profissionais da saúde vão analisar questões como período de duração dos sintomas, frequência, em que tipo de situações, e ainda as causas, já que a fobia de pessoas pode ter diversas origens.
Existem algumas opções diferentes para tratar a fobia social, que podem incluir terapia de exposição, o uso de medicamentos ou a psicoterapia, através de uma abordagem cognitiva comportamental. Por isso, é importante buscar apoio profissional e entender a melhor forma de lidar com essa condição.
Os profissionais da saúde que desejam se especializar em uma área da psicologia devem buscar estudos complementares para poder se aprofundar em determinados temas. Além de ampliar seu conhecimento e área de atuação, permite diagnósticos e tratamentos mais completos. Fazer uma pós-graduação EAD é a oportunidade ideal para desenvolver as ferramentas necessárias que ajudarão nos tratamentos para fobia social.
Possíveis tratamentos
Na psicologia, existem diversas vertentes, e a fobia social pode ser trabalhada de muitas formas, dependendo do tipo de profissional e do perfil do paciente. Porém, no caso da fobia social, como comentado acima, existem alguns tratamentos mais recomendados.
Terapia de exposição
Esse modelo é indicado para o tratamento de fobias em geral, e atua expondo a pessoa, gradualmente, às situações que ela evita. O trabalho deve ser gradativo, inserindo pouco a pouco pequenas atividades relacionadas à fobia.
Terapia cognitivo-comportamental
Esse formato busca entender o que há por trás dessa condição, e ajuda a pessoa a chegar à raíz da sua fobia. Com isso, ela entende como chegou nesse comportamento e, consequentemente, como mudá-lo.
A terapia cognitivo-comportamental ajuda a identificar padrões de pensamento que podem provocar os sintomas acima. Os profissionais que atuam com essa modalidade desenvolvem ferramentas para ajudar a mudar padrões e modificar o comportamento.
A terceira forma é através do uso de medicamentos como ansiolíticos e antidepressivos, que devem ser prescritos apenas por profissionais autorizados e com a devida avaliação.
Como evitar a fobia social
Alguns sintomas podem se confundir com a timidez, o que leva algumas pessoas a acharem que são mais propensas a desenvolver o transtorno. Para evitar que chegue a isso, as pessoas podem avaliar seus próprios comportamentos e tentar mudar alguns hábitos. São pequenas atitudes do dia a dia que podem se transformar.
Por exemplo, fazer perguntas. Uma característica dessas pessoas é evitar questionar, com medo de serem ridicularizadas. Mas a curiosidade e o fato de que ninguém sabe de tudo fazem com que perguntas sejam naturais.
Além disso, claro, se os sintomas parecerem fora de controle ou atrapalharem a vida pessoal e profissional, o ideal é buscar um médico ou psicólogo para fazer uma avaliação para verificar se trata-se de fobia social.