O etarismo no mercado de trabalho existe, mas nem sempre é percebido facilmente. Trata-se, basicamente, da discriminação ou preconceito com base na idade, seja para jovens em início de carreira ou para profissionais mais experientes. São dois casos extremos pautados em diferentes origens, mas que geram o mesmo desconforto.
No caso dos profissionais mais jovens, o etarismo pode ocorrer quando eles enfrentam dificuldades para conseguir emprego devido à falta de experiência. Por sua vez, os trabalhadores mais velhos podem enfrentar dificuldades para manter ou encontrar emprego, apesar de sua experiência e conhecimento acumulados.
Nos dois casos, existe a associação de estereótipos negativos. Os jovens podem ser vistos como imaturos, descompromissados e inaptos do ponto de vista técnico. Já os trabalhadores mais velhos podem ser vistos como menos adaptáveis às novas tecnologias, menos produtivos ou menos capazes de aprender e se adaptar a novas tarefas.
Qualquer que seja o cenário, o etarismo pode ser considerado como prejudicial. Para se ter uma noção, as consequências negativas acabam afetando não apenas os indivíduos afetados, mas as próprias organizações. Os trabalhadores jovens perdem oportunidades de desenvolvimento profissional e os trabalhadores mais velhos se deparam com dificuldades para manter ou encontrar emprego.
Em resposta a esse ocorrido, as organizações devem promover uma cultura inclusiva, livre de preconceitos etários e adotar práticas de recrutamento, seleção e desenvolvimento que valorizem o potencial e as habilidades dos indivíduos, independentemente de sua idade. Continuando a leitura, você descobre como identificar o etarismo e as melhores estratégias para combatê-lo.
Como identificar o etarismo no mercado de trabalho
O etarismo no mercado de trabalho pode ser identificado por meio de diversas características. O primeiro passo é ficar de olho nos estereótipos negativos. A discriminação começa já na contratação, em que candidatos mais velhos podem enfrentar dificuldades na obtenção de emprego.
Ainda neste primeiro momento, ou seja, durante as entrevistas de emprego, preste atenção às perguntas feitas pelos entrevistadores. Se eles fizerem perguntas sobre sua idade, data de nascimento ou planos de aposentadoria, isso pode indicar um etarismo, já que essas informações não devem ser relevantes para avaliar sua capacidade de desempenhar o trabalho.
No entanto, essa discriminação também pode ser encontrada na progressão de carreira. Profissionais mais velhos podem ser preteridos em favor de candidatos mais jovens para promoções ou oportunidades de avanço, mesmo que possuam a experiência e as habilidades necessárias. Por isso, a dica é ficar atento para que a empresa não reproduza esse tipo de cultura discriminatória.
Outro fator a ser levado em conta é a exclusão de programas de treinamento. Isso pode limitar as oportunidades de atualização de habilidades e conhecimentos. No caso dos profissionais mais velhos, uma questão é a aposentadoria forçada ou pressão para se aposentar.
O que acontece é que alguns empregadores podem exercer pressão sobre os funcionários mais velhos para que se aposentem prematuramente, mesmo que ainda estejam aptos e desejem continuar trabalhando. Aqui, é necessário observar que a razão pode surgir tanto de preconceitos etários quanto de uma tentativa de reduzir custos de pessoal. De qualquer forma, é uma prática que não deve ser implantada em uma empresa livre de discriminações.
Onde está presente?
O etarismo no mercado de trabalho também está presente na falta de representação em cargos de liderança, ou seja, trabalhadores mais velhos podem enfrentar dificuldades para alcançar posições de liderança em suas organizações.
Com isso, se quiser identificar o etarismo no trabalho, observe se os profissionais mais velhos enfrentam barreiras ao desenvolvimento profissional, como promoções bloqueadas, falta de oportunidades de crescimento ou desinvestimento em sua capacitação.
É necessário ficar atento, ainda, se as pessoas mais velhas estão recebendo salários desiguais em comparação com seus colegas mais jovens, mesmo que desempenhem funções semelhantes e tenham a mesma experiência. Isso reflete outra questão em torno do etarismo, que é a desvalorização do profissional.
Como combater o etarismo no mercado de trabalho
Combater o etarismo é um esforço coletivo que requer ações tanto dos funcionários quanto da empresa em si. Para colocar em prática essa missão, a empresa pode aderir a treinamentos e workshops voltados à conscientização dos funcionários sobre o etarismo e seus impactos negativos. Essas iniciativas devem explicar a importância de uma cultura de trabalho inclusiva e discutir mitos e estereótipos relacionados a diferentes faixas etárias.
Outra recomendação para a empresa é fazer uma revisão das políticas de contratação, promoção, treinamento e desenvolvimento para garantir que sejam inclusivas e livres de preconceitos etários. A ideia é garantir que as oportunidades sejam abertas a todos os funcionários, independentemente da idade.
Os líderes também devem garantir que os critérios de avaliação de desempenho, promoção e reconhecimento sejam baseados em habilidades, competências e resultados, e não em preconceitos etários.
E por falar em liderança, estes devem dar o exemplo. São os responsáveis pela promoção de uma cultura inclusiva, então devem tratar todos os funcionários com igualdade e respeito, e demonstrar o valor de diferentes perspectivas e experiências.
A empresa também pode criar programas de mentoria em que funcionários mais jovens possam atuar como mentores de funcionários mais velhos, sob a premissa de quebrar estereótipos negativos e ainda incentivar a troca de conhecimentos.
Enfrentar o etarismo no mercado de trabalho pode ser desafiador, mas continuar seus estudos é uma tarefa realmente fácil! Faça uma pós-graduação em 10 meses e deixe seu currículo ainda mais brilhante, não importa a idade.