A entrevista de emprego é o momento certo para a empresa conhecer melhor os candidatos que está avaliando, certo? Por isso, é normal que o recrutador faça uma série de questionamentos durante a conversa. Contudo, isso não significa que ele pode abordar todos os assuntos que quiser. Na realidade, há uma série de perguntas que não devem ser feitas pelo entrevistador.
Afinal de contas, as companhias não podem ser discriminatórias em seus processos seletivos. Além disso, o recrutador não deve constranger ou deixar os candidatos desconfortáveis.
Sendo assim, você pode se preparar para as suas próximas entrevistas e saber exatamente o que o entrevistador não pode te perguntar. Para isso, elaboramos a lista abaixo, com 10 questões que não devem ser feitas de maneira alguma.
10 perguntas que não devem ser feitas pelo entrevistador
1 – “Você tem filhos? Pretende ter filhos?”
Especialmente para mulheres, perguntas sobre filhos não podem estar no escopo de nenhuma entrevista. Elas abrem margem para a empresa discriminar candidatos por conta das supostas implicações dos filhos no dia a dia do trabalho, além de direcionar escolhas por conta de uma futura gravidez.
2 – “Quem fica com os seus filhos enquanto você trabalha?”
No caso da existência de filhos, o recrutador também não pode perguntar sobre a sua dinâmica familiar ou logística com as crianças. Afinal de contas, isso é uma questão pessoal, que não diz respeito à empresa e também pode levar a um processo de discriminação contra os candidatos.
3 – “Você é casada(o)? Qual a sua orientação sexual?”
Ainda no contexto familiar, o seu estado civil e orientação sexual não podem ser alvo de perguntas durante o processo seletivo. Ambos os pontos não têm influência na sua vida profissional, portanto, não devem ser abordados.
Todavia, em um contexto de vagas afirmativas voltadas à população LGBTQIA+, pode ser que o assunto apareça durante os processos de entrevista e contratação. Porém, nestes casos, o tema não estará inserido em uma possibilidade de discriminação dos candidatos, muito pelo contrário.
4 – “Está grávida ou pretende engravidar?”
Da mesma maneira que as empresas não podem questionar sobre os filhos dos profissionais, elas também não podem fazer perguntas sobre gravidez. Sejam elas sobre uma atual ou futura gestação. Afinal de contas, a gravidez é um processo natural, que não pode ser visto como uma barreira para a contratação de profissionais.
Inclusive, também não é necessário informar uma gestação em curso durante as entrevistas, questão que está assegurada pela Lei 9.029/95. De acordo com a legislação, as companhias não podem exigir comprovação de esterilização ou gravidez para a contratação de colaboradores.
5 – “Você tem alguma doença crônica ou deficiência? Toma remédios de uso contínuo?”
Muitas vezes, os recrutadores fazem perguntas sobre a saúde dos candidatos. Porém, ela pode ser lida como uma forma de discriminação, por mais que o objetivo seja entender se o profissional estaria apto a desempenhar as funções da posição em questão.
Para ser mais assertivo e ético, o entrevistador pode dar detalhes sobre as responsabilidades da vaga e perguntar se o candidato está confortável com os requisitos.
6 – “Qual é o seu posicionamento político?”
Tendo em vista que o posicionamento político de um profissional não deve interferir na execução do seu trabalho, tal pergunta não pode ser feita. Ela pode ser discriminatória e gerar uma simpatia ou antipatia subconscientes por parte do recrutador, que sem nem mesmo perceber, pode escolher um candidato politicamente alinhado com ele.
7 – “Você bebe ou fuma?”
Hábitos e atividades pessoais, realizadas fora do expediente e do ambiente de trabalho, não dizem respeito à empresa. Então, por mais que seja normal o recrutador fazer perguntas mais pessoais, para “quebrar o gelo” e conhecer mais profundamente os candidatos, ele não pode seguir por caminhos que, por algum motivo, possam ser discriminatórios.
8 – “Qual é a sua religião? Você acredita em Deus?”
Da mesma maneira, as crenças e religiões dos candidatos não são uma informação relevante para o processo de contratação. Então, elas devem ser evitadas nas entrevistas de emprego, buscando um processo ético e sem brechas que possam influenciar as escolhas da empresa com base em aspectos que não sejam técnicos.
9 – “Onde você mora?”
Muitas vezes, a pergunta sobre a residência do candidato busca entender quanto tempo ele levará para chegar ao trabalho. Por isso, profissionais que moram em regiões mais afastadas podem ser prejudicados no processo, pela crença de que podem se atrasar mais ou não cumprir com seus horários.
Todavia, a responsabilidade de chegar nos horários corretos é do colaborador. Então, independente de seu endereço de residência, isso não deve ser um aspecto avaliado pela empresa.
10 – “Você tem alguma filiação sindical? Já entrou com processos trabalhistas?”
Por fim, quaisquer perguntas sobre antigos processos trabalhistas e ligações com sindicatos também devem ficar fora das entrevistas. Afinal, elas podem ser discriminatórias e fazer com que profissionais sejam desconsiderados para a vaga em questão.
Agora que você já sabe todas as perguntas que não devem ser feitas pelo entrevistador, que tal pensar em maneiras de se destacar nos processos seletivos? Para isso, invista em uma pós-graduação em 6 meses e se torne um profissional especialista em tempo recorde! Assim, todos os recrutadores vão ganhar a sua atenção.