Os feedbacks são parte fundamental de qualquer empresa, não é mesmo? Afinal de contas, para garantir que todos os colaboradores estão alinhados e no caminho certo para o desenvolvimento, eles precisam saber como estão se destacando e como ainda podem melhorar. Nesse contexto, os gestores adoram fazer essa avaliação com a técnica do feedback sanduíche.
Talvez você nunca tenha escutado falar no termo, mas provavelmente já deu um feedback com essa metodologia, ou até mesmo recebeu uma avaliação profissional com essa técnica. Isso acontece porque os feedbacks “sanduíches” são uma maneira de amenizar as partes críticas e negativas de uma avaliação, e por isso se tornaram tão comuns no mundo corporativo.
Mas será que eles são mesmo a melhor opção? Quais são as alternativas? E no fim das contas, o que exatamente é a técnica sanduiche para feedback?
Abaixo, você encontrará respostas para todas as suas dúvidas e, como consequência, poderá oferecer feedbacks muito mais eficientes e justos daqui em diante.
Feedback sanduíche: o que é?
Os feedbacks em sanduíche recebem esse nome por ter uma estrutura semelhante a um lanche. Imagine que um sanduíche é composto por uma fatia de pão, recheio e outra fatia de pão. Na metáfora das avaliações, teríamos a seguinte equivalência:
1 – Pão
A primeira parte do sanduíche, o pão, é o começo da avaliação. Ela deverá ser um apontamento positivo, elogiando o desenvolvimento ou as entregas do colaborador, seus pontos fortes, contribuições para a equipe e momentos de destaque.
Contudo, o objetivo desse tipo de feedback não está nos elogios. Na realidade, o gestor quer passar uma avaliação construtiva, mas para amenizar a situação negativa, ele inicia a sua fala com um reforço positivo.
2 – Recheio
Então, depois de oferecer os elogios, o gestor passará para o que ele de fato gostaria de transmitir. É o feedback construtivo, detalhando pontos que não estão satisfatórios, situações que merecem atenção e outros cenários negativos.
Essa parte é chamada de “recheio” na analogia com um lanche, justamente porque ela é precedida e seguida de duas partes iguais: os pontos positivos.
3 – Pão
Após passar a mensagem de atenção, explicando por que os resultados entregues não foram como o esperado, o que precisa ser melhorado ou um cenário que não pode voltar a ocorrer, chega o momento de voltar a “dourar a pílula”.
Aqui entra a outra fatia do pão, que representa uma nova leva de elogios, reforços positivos e palavras animadoras para finalizar a conversa de maneira agradável.
Em resumo, a técnica sanduiche para feedback consiste em inserir uma avaliação crítica no meio de dois elogios, com o objetivo de deixar a situação mais tranquila e menos traumática para o avaliado.
Dessa maneira, o gestor conseguiria passar a sua mensagem sem criar um ambiente hostil e pesado com o colaborador. Mas será que essa metodologia realmente funciona?
Vale a pena usar a técnica?
Apesar de parecer uma ótima ideia de início, os feedbacks tipo sanduíche podem ser um grande problema para as equipes. A boa intenção por trás da metodologia é realmente genuína, porém, ela corre o risco de se perder no meio de várias falhas presentes nesse tipo de avaliação.
Em primeiro lugar, ele é pouco efetivo. Ao começar e terminar a conversa com elogios, você tira o foco da questão principal, que é o feedback construtivo. Dessa maneira, as chances do colaborador não dar tanta atenção aos pontos críticos do bate-papo são bem grandes.
Além disso, o receptor pode ficar confuso com a dinâmica, sair da conversa achando que está tudo bem, e até mesmo assumir uma postura de desconfiança em relação a você. Afinal de contas, ele nunca vai ter certeza sobre o quão genuínos são os seus elogios, já que eles podem estar ali apenas para mascarar momentos de chamar a atenção.
Sendo assim, o ideal é deixar os feedbacks sanduíche para momentos muito específicos, substituindo-os, no dia a dia, por táticas mais estratégicas e efetivas. Veja alguns exemplos abaixo.
1 – One-on-Ones
Tendo reuniões regulares e individuais com seus colaboradores ou mentorados, as famosas reuniões 1:1, você sempre terá a oportunidade de passar feedbacks construtivos, sem medo de gerar inseguranças ou problemas emocionais na pessoa avaliada.
2 – Feedback Contínuo
Da mesma maneira, empresas com a cultura de feedbacks contínuos também conseguem criar um ambiente de segurança para momentos críticos. Afinal de contas, os colaboradores já sabem que terão conversas para falar de seu desempenho e desenvolvimento, e ficam cientes de que seus pontos fortes e fracos serão abordados.
3 – Método Netflix
Além do nome curioso, essa técnica se baseia em três princípios, que podem ajudar e muito os gestores com dificuldades para passar feedbacks genuínos aos seus colaboradores.
Nela você deverá apontar o que o profissional deve continuar fazendo, o que precisa parar de executar e o que ele pode começar a fazer. Dessa maneira, a previsibilidade da conversa deixará tudo mais tranquilo e franco, conferindo objetividade e confiança para o processo.
Agora que você já sabe o que é o feedback sanduíche e os cuidados que deve ter para usá-lo, que tal melhorar ainda mais suas habilidades de gestão? Para isso, aposte em um curso de pós-graduação EAD, garantindo o seu título de especialista com toda a flexibilidade que você precisa para se dedicar aos estudos.