Você já deve ter ouvido falar na palavra ambidestria, certo? Ela é a habilidade de usar as duas mãos com a mesma eficiência. Mas, e quando falamos do mundo corporativo? O que significa ambidestria organizacional e como ela pode ajudar as empresas a alcançarem melhores resultados?
Veja a seguir o que você precisa saber sobre essa prática, quais benefícios ela pode levar para as empresas e quais gigantes da indústria já a utilizam em sua cultura.
O que é ambidestria organizacional?
A ambidestria organizacional é a capacidade da empresa de manter um alto grau de eficiência operacional ao mesmo tempo em que tem um alto grau de inovação. Ou seja, elas focam em seu potencial e suas competências atuais ao mesmo tempo em que consideram novas oportunidades de negócio e se preparam para mudanças futuras. O mercado costuma chamar essa prática de equilíbrio de dois opostos e, para isso, usam os termos em inglês exploitation e exploration, como veremos a seguir.
Inovação de processos já existentes (exploitation)
Essa é a parte da ambidestria organizacional que a maioria das empresas já pratica. É o olhar que as companhias têm para o passado e para o presente, reconhecendo quais são as suas fraquezas e seus pontos fortes e buscando a melhoria a partir do modelo de negócio que já existe.
Toda a empresa que deseja ter sucesso aprende com seus erros e, a partir deles, faz reestruturações, análises e identifica lacunas. A partir daí, aperfeiçoa os produtos de acordo com as expectativas dos clientes. Embora essas práticas tenham um grande valor para o sucesso do negócio, quem deseja competitividade não deve apenas focar no passado e no presente. É necessário seguir adiante e explorar o que ainda está por vir.
Inovação de crescimento (exploration)
Mesmo que seja necessário existir um equilíbrio entre os processos atuais e o olhar para o futuro, geralmente este último é o que as empresas mais precisam desenvolver.
A inovação de crescimento precisa focar no que vem adiante e, embora nem sempre seja possível prever tudo o que pode acontecer (por exemplo, ninguém esperava pela pandemia e seus desdobramentos), é necessário estar atento às oportunidades. Isso precisa fazer parte da cultura da empresa.
Leia também: Cultura de inovação: conheça boas práticas e como realizá-las
Para começar a desenvolver esse olhar para o futuro em paralelo à manutenção da excelência, é necessário que a companhia promova um mindset de inovação. Para isso, é preciso instigar a curiosidade natural que nós, como seres humanos, já possuímos sobre o desconhecido e explorar o poder do questionamento.
Algumas perguntas que podem ser feitas para encorajar a inovação dentro do ambiente corporativo são as seguintes:
- A nossa visão de negócio funcionaria em diferentes cenários do futuro?
- Como a nossa indústria poderia mudar diante deles?
- Existem mercados novos que ainda não descobrimos?
Esse tipo de inovação exige que a empresa saia da sua zona de conforto e explore todas as possibilidades da indústria e de modelos de negócio com o qual ela ainda não está familiarizada. Embora a ambidestria organizacional possa parecer complicada, principalmente o desenvolvimento da inovação de crescimento, ela é uma prática que gera grandes benefícios, como os que veremos abaixo.
Quais são as vantagens da ambidestria organizacional?
Companhias que são capazes de incorporar a ambidestria organizacional em sua cultura ganham muito mais competitividade no mercado. Além disso, elas conseguem aliar escala e produtividade com velocidade e criatividade.
Afinal, através da organização e melhoria constante dos seus processos e da inovação voltada para o futuro, elas são capazes de entregar o que os clientes querem antes mesmo que eles digam.
A Amazon, por exemplo – uma líder praticamente inalcançável no mercado atual – é uma empresa que tem a ambidestria organizacional na sua cultura. Outras como Google e Apple, ao contrário do que possamos pensar, não vivem apenas da Inovação de Crescimento. Empresas com esse nível de sucesso sabem que só conseguem sobreviver em um mercado tão dinâmico e concorrido se forem capazes de unir melhoria contínua com visão estratégica do futuro.
Enfim, as companhias que focam apenas em exploration correm o risco de desperdiçar recursos em ideias que talvez não sejam úteis ou acabem não sendo desenvolvidas.
Por outro lado, as empresas que olham apenas para a exploitation talvez desenvolvam bons produtos, mas podem falhar em alcançar novos níveis de sucesso no mercado. É necessário que elas busquem o equilíbrio que só a ambidestria organizacional é capaz de estabelecer.
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