Conteúdos digitais: entenda a importância para o processo de ensino-aprendizagem

A pandemia definitivamente transformou o modo como nos relacionamos, não é mesmo? E não apenas com as pessoas, mas também com o trabalho e o ensino. Com isso, o setor da educação também passou por mudanças significativas.

A tecnologia já fazia parte do ensino, mas com a pandemia essas relações foram intensificadas. Avanços que não esperávamos para os próximos anos ficaram disponíveis em semanas.

As mudanças implementadas alcançaram não apenas o modo de veicular as aulas, mas as atividades, avaliações e até mesmo em momentos de interação e descontração. 

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E diante de tantos desafios, é possível dizer que os alunos do ensino superior e pós-graduações deram o seu melhor para manter, e até mesmo aumentar, a qualidade do ensino. Muitos investimentos foram feitos e continuarão mesmo com o fim da pandemia, pelo sucesso das ações. 

Isolados em casa, muitos brasileiros iniciaram seus estudos no ensino superior a distância. Além disso, os índices de consumo de conteúdo digital sobre educação quase dobraram. É um sintoma de uma sociedade cada vez mais virtual.

De fato, há alguns anos os estudantes têm valorizado, cada vez mais, as instituições de educação superior (IES) que possuem conteúdos e soluções digitais em seus currículos. É uma forma de demonstrar interesse em melhorias contínuas.

Confiança e compromisso com a evolução do ensino estão entre as buscas do aluno do futuro. E com uma população altamente equipada com dispositivos móveis, como nunca antes tivemos, o cenário da educação digital é de franco crescimento.

E você, tem interesse na adoção de conteúdos digitais na educação? 

Neste texto, vamos conhecer um pouco mais sobre eles, para compreender como podem se tornar ferramentas no dia a dia dos alunos.

O que são conteúdos digitais?

Conteúdos digitais são aqueles desenvolvidos e armazenados em meios tecnológicos, como computadores, celulares, nuvem, sites, etc. Eles estão ligados, no contexto educacional, à dinamização do ensino e à tentativa de tornar o conteúdo mais leve, acessível e engajador. 

As instituições de educação possuem certa autonomia para aplicar os conteúdos digitais no ensino. Isso é feito de acordo com o planejamento educacional e os objetivos de cada curso.

Atualmente, muitas empresas de tecnologia desenvolvem este tipo de material didático, por conta própria ou através de parcerias com empresas do setor educacional. Isso tem garantido melhorias crescentes nas tecnologias do setor, o que beneficia, e muito, a criação e disponibilização dos conteúdos digitais.

Quais são os tipos de conteúdos digitais? 

Existem inúmeras opções de conteúdos digitais aplicáveis ao ensino superior, inclusive nos trabalhos acadêmicos. Muitos deles são recursos já acessados pelos estudantes em momentos de lazer, e que podem ser incorporados à rotina de estudos.

Reunimos cinco exemplos de conteúdos digitais, mas com certeza você deve conhecer ainda mais opções do que citamos por aqui. Quando falamos de tecnologia, o céu é o limite! 

1 – Biblioteca digitais

Você já teve que fazer trabalhos de escola consultando uma enciclopédia Barsa? Se sim, então sabe muito bem o que a digitalização fez por nós. A acessibilidade é um dos pontos altos da incorporação de novas tecnologias. As bibliotecas digitais são um exemplo dessa transformação.

São disponibilizadas em plataformas virtuais. Muitas vezes, basta um aplicativo ou acesso a um site para ler todos os títulos disponíveis. Com isso, os estudantes conseguem estudar em qualquer lugar ou horário, desde que esteja com algum dispositivo de acesso à rede.

2 – Laboratório virtual

Com a migração do ensino para as plataformas digitais, especialmente na pandemia, cresceu muito a demanda de transposição de laboratórios para o ambiente digital. Muitos cursos são dependentes dessas atividades, segundo as exigências curriculares. 

Com simulações extremamente sofisticadas, muitos laboratórios conseguem ensinar sobre física, química e biologia para os alunos, independente da distância entre eles. É um ganho logístico, de segurança e de economia dos recursos necessários para a manutenção de um laboratório físico.

3 – Conteúdos multimídia

Além de livros e laboratórios digitais, conteúdos multimídia são outra tendência forte para melhorar o aprendizado dos alunos. 

Suas vantagens estão relacionadas a algumas fortes tendências pedagógicas, como multimídia e hipermídia na educação. Vídeos, mapas mentais interativos e podcasts estão entre algumas das opções.

Em relação aos podcasts, vale ressaltar algumas vantagens específicas deste recurso. Destacamos, por exemplo, acessibilidade, baixo consumo de dados móveis, possibilidade de ouvir enquanto se faz outras coisas, como dirigir, pegar o metrô, etc.

Como medir a qualidade dos conteúdos digitais?

Com uma vastidão de conteúdos disponíveis na internet, o difícil não é ter acesso aos conteúdos digitais, mas sim definir quais têm qualidade o suficiente para inclusão nas aulas. Em outras palavras, precisamos realizar uma curadoria educacional.

Para que haja êxito na curadoria dos recursos digitais, é possível observar alguns critérios. E isso não vale só para educadores, mas até mesmo para os próprios alunos, que utilizam esses artifícios como base para estudo e trabalhos acadêmicos.

Vamos apresentar, agora, alguns critérios para avaliar a qualidade dos conteúdos digitais:

  1. O primeiro crivo diz respeito ao bom senso! É preciso avaliar se o conteúdo é potencialmente ofensivo, desrespeitoso em relação aos direitos humanos ou replicador de estereótipos preconceituosos. 
  2. O segundo ponto diz respeito à qualidade do conteúdo em si: se ele tem fontes confiáveis, se a linguagem é adequada a quem irá acessar, se é bem contextualizado e se desenvolve pontos ligados ao objetivo do curso/ tarefa.
  3. O terceiro ponto tem relação com questões técnicas. Esse conteúdo tem boa qualidade de veiculação? É acessível? Funciona direito ou tem erros com frequência? Pode ser usado em dispositivos diferentes? É original?

São muitas perguntas dentro desses três simples critérios, mas elas irão garantir que esse é um bom material e que pode atuar como uma ferramenta de qualidade no processo de ensino-aprendizagem. 

5 vantagens dos conteúdos digitais para o ensino superior

Muitos benefícios podem ser colhidos a partir da incorporação de conteúdos digitais no ensino superior. Continue lendo para conhecer alguns deles!

1 – Organização da informação

A possibilidade de incorporar recursos digitais de aprendizagem nas aulas pode parecer simples. Mas diante de tantas opções, escolher os meios mais adequados pode ser bem desafiador.

Quando escolhemos conteúdos digitais de qualidade, desenvolvidos para o contexto educacional, a primeira vantagem é sua organização. É um grande passo à frente dos materiais não estruturados que podemos encontrar na internet.

Em meio a uma profusão de informações distintas, ter um guia de qual caminho traçar, a fim de realizar uma construção sólida do conhecimento, pode poupar tempo lá na frente.

2 – Democratização de recursos educativos

Outra vantagem do uso de conteúdos digitais é a democratização do ensino. Se anteriormente passar um filme em sala de aula demandava muita organização, além do agendamento e transporte de equipamentos, hoje as mídias estão a apenas um toque de distância.

Atualmente, pesquisar algo nunca foi tão fácil, assim como salvar os conteúdos, compartilhá-los com os colegas, etc.

3 – Parceria entre professor e aluno 

Você pode pensar que os recursos e conteúdos tecnológicos afastam docentes e discentes, quando em comparação com atividades presenciais. Mas, na verdade, eles são um fator de aproximação.

Algumas teorias pedagógicas, a exemplo da aprendizagem significativa, nos explicam que o conhecimento é relacional. Ou seja, precisa ser contextualizado e construído a partir da subjetividade de cada estudante. 

Logo, um conteúdo digital não pode ser dissociado da interpretação, pessoal e social, que um aluno tem dele.

Parte do que constitui o conhecimento são as experiências e as relações. Quanto maior a diversidade de vivências conhecidas e relacionadas ao conteúdo, mais rica a visão sobre o assunto.

A atenção do professor às necessidades dos alunos e o direcionamento dos conteúdos digitais pode fortalecer esse vínculo. Assim, estimulamos os estudantes a manter foco e engajamento nas aulas. 

Já que a maioria dos alunos tem relações sólidas com dispositivos como notebooks, computadores, celulares, tablets e afins, as aulas tornam-se mais dinâmicas, favorecendo conversas proveitosas em sala de aula. 

4 – Protagonismo e autonomia

A capacidade de consumir, e até mesmo fazer curadoria dos conteúdos digitais, exige capacidade crítica e reflexiva dos alunos.

Pela grande diversidade de meios, o uso de conteúdos digitais em sua formação é um incentivo à autonomia do aluno. Essas são características altamente desejáveis em um estudante do ensino superior. 

Para usar esses recursos em trabalhos, por exemplo, é preciso realizar uma pesquisa, saber buscar em fontes distintas, confrontar versões e chegar a uma linha de raciocínio.

Outro estímulo interessante é o protagonismo ao produzir seus próprios conteúdos digitais. A construção de projetos nesse sentido origina profissionais capazes de lidar com informações, tomar boas decisões, e multiplicar conhecimento. 

5 – Aplicação em diferentes modalidades de ensino

Com um um conjunto de métodos distintos, os conteúdos digitais podem ser aplicados em todas as modalidades de ensino, seja ela presencial, híbrida ou a distância.

Na modalidade presencial, é possível utilizar os conteúdos digitais como material de apoio às aulas. Nas modalidades híbridas e EAD, há possibilidade de aplicá-los integrando a carga horária do curso. Com a diversidade de recursos existentes, é possível atingir vários níveis da pirâmide de aprendizagem, o que garante uma melhor retenção do conteúdo.

Esperamos que tenha gostado deste artigo! Ele foi produzido pela equipe do Blog Saraiva Educação.

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