Depois de dois anos atípicos no mundo, que impactaram diretamente o modelo de trabalho que conhecíamos, finalmente podemos olhar para o futuro com um pouco mais de otimismo – e preparados para encarar uma nova realidade em nossos empregos. Entre tecnologias inovadoras no universo corporativo e dúvidas sobre a data de validade do trabalho remoto, quais serão as principais tendências para o mercado de trabalho em 2022?
Novidades e tendências para o mercado de trabalho: home office, inteligência artificial e mais
Para responder suas dúvidas e ajudar no seu planejamento de carreira, listamos sete tendências que devem ganhar os holofotes no mundo do trabalho ao longo deste novo ano. Como será que as mudanças dos últimos anos vão impactar 2022? Será que o home office veio para ficar? E a quais “soft skills” precisamos ficar atentos? Chegou a hora de descobrir!
1 – Flexibilidade: a consolidação do trabalho híbrido
Para garantir a segurança dos funcionários e tentar diminuir os efeitos da pandemia, o famoso home office se tornou regra em muitas empresas no Brasil e no mundo. De uma hora para a outra, tivemos que trocar os escritórios por nossas próprias casas, em uma dinâmica de trabalho completamente nova para muitas pessoas. Aos poucos nos adaptamos e criamos rotinas funcionais para essa nova realidade, mas e agora, como isso fica?
Entre idas e vindas, companhias que adotaram o trabalho remoto permanentemente e outras que defendem a importância da interação presencial nos escritórios, flexibilidade parece ser a palavra de ordem para 2022. Como ressalta a Forbes Brasil, os três modelos de trabalho (presencial, remoto e híbrido) devem coexistir daqui para a frente, delegando aos trabalhadores a tarefa de escolher o que mais se adequa ao seu estilo de vida: as empresas estão mais abertas a novas dinâmicas de trabalho e atentas às propostas de concorrentes e necessidades de seus empregados.
Isso porque, de acordo com os dados da pesquisa Guia Salarial 2022, da empresa de recrutamento Robert Half, a disseminação do trabalho remoto abriu as portas para diversas oportunidades ao mostrar que podemos aplicar para vagas em qualquer lugar do mundo. 91% dos entrevistados disseram que poderiam trabalhar de forma remota para companhias de outras localidades, no Brasil ou em outros países, e 64% já conhecem pessoas que receberam propostas nesse formato.
2 – ESG: preocupação cada vez mais constante
Assim como o home office se disseminou durante a pandemia, o ESG também ganhou o debate público e passou a ser cada vez mais discutido e incorporado às organizações. Sigla para environmental, social and governance (ambiental, social e governança), o termo é uma forma de classificar práticas comprometidas com esses três pilares, e deve se manter em alta em 2022.
Sinônimo para definir companhias responsáveis e empenhadas com a sociedade e o meio ambiente, o ESG destaca a necessidade de um propósito para as empresas, o que reflete diretamente na atração e retenção de talentos. Para além do surgimento de áreas específicas sobre ESG e sustentabilidade, as companhias estão de olho no que pensam os profissionais, que cada vez mais deixam claro a importância de trabalhar para organizações comprometidas com os pilares ESG.
Ainda de acordo com o Guia Salarial 2022, 83% dos entrevistados disseram que na hora de aceitar uma proposta de emprego, consideram importante a empresa ter uma agenda ESG. Além disso, 50% afirmou não ter interesse em mudar de emprego pois a companhia atual é comprometida com fatores sociais, ambientais e de governança.
3 – Soft Skills: a vez das competências comportamentais
De acordo com a Época Negócios, as chamadas soft skills vão se manter como diferenciais importantes na hora de aplicar para uma vaga ou se manter em um emprego. A expressão pode ser traduzida para “competências comportamentais” e tem ganhado espaço nos debates sobre a importância de olhar para além das habilidades técnicas.
Ou seja, é o reconhecimento das capacidades emocionais e de interação como essenciais para um ambiente de trabalho saudável. Também para o Guia Salarial 2022, as soft skills mais buscadas e valorizadas serão as cinco seguintes: flexibilidade, adaptabilidade, comunicação, visão estratégica e visão de negócio.
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4 – Resiliência: a soft skill que continua em alta
Dentre essas competências comportamentais e interpessoais, uma que se destaca é a resiliência, que justamente condensa as habilidades de adaptabilidade e flexibilidade. Definido como “capacidade de rápida adaptação ou recuperação” pelo dicionário Michaelis, o termo se popularizou no mundo corporativo e vai continuar sendo um aspecto importante em 2022.
Isso porque a habilidade é considerada chave para lidar com um ambiente de frequentes mudanças e desafios, como as transformações geradas pelos últimos anos de pandemia.
Além disso, as empresas começaram a perceber que ter flexibilidade e a capacidade de se adaptar são características essenciais para o crescimento do negócio. Assim, os recrutadores continuarão atentos a essa habilidade na hora de avaliar currículos e entrevistas de candidatos.
5 – Desenvolvimento de habilidades: mais importante do que focar nas funções
E falando em habilidades, o cenário de valorização das soft skills também nos ajuda a entender outra tendência no mercado de trabalho: um maior reconhecimento das habilidades, e não das funções. O objetivo é conseguir desenvolver novas competências pensando no seu desenvolvimento profissional e nas necessidades da empresa, e não apenas para se preparar para uma promoção ou um cargo específico.
Segundo pesquisa da consultoria de TI Gartner, que entrevistou mais de 800 profissionais de RH, o foco nas competências abre uma gama de novas possibilidades para os colaboradores. E isso é mais vantajoso tanto para a empresa, que terá funcionários cada vez mais preparados para reforçar as vantagens competitivas do negócio, quanto para os profissionais, que desenvolvem habilidades críticas com uma visão holística.
6 – Inteligência Artificial: otimizando a rotina de trabalho
Muitas vezes vista como vilã, a inteligência artificial (IA) hoje pode ser encarada de maneira positiva pelas organizações, sabia? Como ressalta a Forbes Brasil, e de acordo com o Fórum Econômico Mundial, ela deve criar cerca de 97 milhões de novos postos de trabalho até 2025, contribuindo para automatizar processos repetitivos.
A ideia é usar a IA a favor dos trabalhadores com a otimização de funções operacionais e frequentes, como monitoramentos, revisões e buscas, por exemplo. Dessa forma, os colaboradores terão mais tempo para focar no lado humano do trabalho, como análises, desenvolvimento de estratégias e valorização da criatividade.
7 – Monitoramento de funcionários: dados para melhorar a produtividade
Se o desenvolvimento da Inteligência Artificial causa desconfiança, o mesmo acontece com a ideia de monitorar os colaboradores da empresa. A tendência também se fortaleceu na pandemia, tendo em vista que ficou mais difícil saber o que exatamente cada colaborador está fazendo. Mas para além das controvérsias, ela pode ser usada de forma benéfica.
Ao menos inicialmente, o objetivo é entender padrões de comportamento e usar os dados para aprimorar os processos da organização, identificando falhas, problemas e também reconhecendo pontos fortes. Contudo, a aplicação dessa tecnologia vai depender do intuito de cada empregador, assim como a transparência com os funcionários e estar em conformidade com a legislação.
Se você gostou de saber mais sobre as tendências para o mercado de trabalho em 2022 e quer impulsionar ainda mais sua carreira, confira como foi o Carreira em Pauta 2022.