Se você é ativo no LinkedIn ou acompanha as discussões sobre carreira e mercado de trabalho, já deve ter percebido a popularidade das habilidades comportamentais, certo? Elas começaram a ganhar os holofotes há alguns anos, e atualmente, estão mais presentes do que nunca nesse universo.
Por que as habilidades comportamentais estão em alta?
Contudo, o que gerou essa mudança de direcionamento, que agora valoriza as soft skills tanto quanto as hard skills? A resposta para essa pergunta está nas grandes novidades que começaram a impactar o mercado de trabalho. “Mudanças”, “dinamismo” e “adaptação” conseguem resumir esse processo, que se iniciou há algum tempo e foi intensificado nos últimos anos.
Hoje em dia, é difícil encontrar uma profissão ou organização que não seja atingida por questões como o trabalho remoto e as mudanças tecnológicas, por exemplo. E esses dois pontos nos ajudam a entender o protagonismo das soft skills de forma simples.
O mercado percebeu que precisa de profissionais com inteligência emocional para navegar cenários desafiadores, e também entendeu que por mais que a tecnologia consiga resolver trabalhos antes realizados por pessoas, é impossível substituir o papel central que a humanidade representa em qualquer empresa.
Tudo isso levou ao reconhecimento das competências emocionais, que se mostraram características fundamentais para manter a harmonia nas empresas e garantir resultados positivos.
O que são soft skills?
Mas se você ainda está em dúvida sobre o que são, de fato, tais competências, fique tranquilo. Os termos para nomeá-las ainda são novos para muitas pessoas, todavia, é simples compreendê-los. As habilidades emocionais, ou comportamentais, nada mais são do que características da sua personalidade, que definem a forma como você se comporta.
Em poucas palavras, podemos dizer que as hard skills definem o que você faz, como ser advogado, enquanto as soft skills explicam como você exerce a sua profissão. Você consegue se comunicar de forma assertiva? Sabe liderar equipes? Demonstra empatia pelos colegas de trabalho? É comprometido com suas funções?
Todos esses pontos, e muitos outros, podem ser encaixados como competências comportamentais, e talvez você se lembre de ter acompanhado processos de demissão motivados pela ausência de alguns deles. Esse movimento acontece porque, apesar de ter qualidades técnicas muito fortes, alguns profissionais não conseguem conviver de forma harmônica no trabalho, o que é um claro exemplo da carência de habilidades sociais.
Por isso é tão importante se preparar. Elas serão ainda mais valorizadas daqui em diante, e podem ser o diferencial que falta para o seu currículo.
Qual é a importância das habilidades comportamentais?
Em um cenário de grandes novidades, tais aptidões não só passaram a ser reconhecidas, mas também buscadas. As empresas já perceberam o impacto positivo que elas geram nos ambientes de trabalho e querem, cada vez mais, profissionais com essas qualidades.
1 – Ambiente de trabalho mais agradável
Para ficar mais fácil de visualizar a importância dessas habilidades, imagine dois ambientes de trabalho. O primeiro conta com uma equipe que tem empatia, consegue ouvir e compreender seus colegas, se comunica de forma clara, passa todas as mensagens assertivamente e tem um olhar crítico sobre as tarefas do cotidiano.
Por outro lado, no segundo ambiente temos um time que não é organizado, onde os colegas se tratam com indiferença, passam informações que podem ser interpretadas de várias maneiras diferentes e não sabem trabalhar em grupo. É fácil admitir que o primeiro exemplo é muito mais agradável e harmonioso, certo?
Todos os pontos que descreveram um ambiente pacífico são soft skills, que figuram como as estrelas de espaços equilibrados e são capazes de mudar a dinâmica de trabalho. Em um lugar organizado, que transmite confiança e acolhimento, qualquer profissional se sente mais motivado e inspirado a trabalhar e, também, a manter a dinâmica leve.
Afinal, o trabalho é onde passamos a maior parte de nossos dias, e sua atmosfera impacta diretamente nossas vidas.
2 – Atenção à saúde mental e bem-estar dos colaboradores
Ter esses ambientes saudáveis se tornou algo ainda mais fundamental nos últimos anos, quando o bem-estar profissional também foi colocado em uma posição de destaque. Trabalhos que levam seus colaboradores à exaustão e não possuem políticas para mitigar problemas, como estresse, baixa qualidade de vida e até mesmo uma Síndrome de Burnout, não são vistos com bons olhos, e as empresas estão empenhadas em mudar esse cenário.
Para além de muitas mudanças práticas que podem ser realizadas pelas organizações, ter em seu quadro de colaboradores pessoas com habilidades emocionais faz toda a diferença. O comportamento cotidiano é um dos componentes do espírito de uma empresa, e quando contamos com profissionais criativos, resilientes, bons ouvintes e conciliadores, isso impacta diretamente o bem-estar de todos.
3 – Maior engajamento e produtividade das equipes
Ao termos um bom ambiente de trabalho, onde líderes se preocupam com o bem-estar dos colaboradores e fazem de tudo para garantir a saúde mental de todos, o resultado são equipes felizes e motivadas.
E quando o escritório, os colegas e as dinâmicas são agradáveis, tudo flui de maneira mais simples. Os profissionais gostam de suas atividades, conseguem executá-las com mais eficiência, se sentem seguros para apresentar ideias novas e, consequentemente, contribuem para o crescimento do negócio.
4 – Times preparados para lidar com mudanças
Por fim, as aptidões emocionais são excelentes para criar atmosferas leves e agradáveis, mas também são essenciais para obtermos resultados consistentes e satisfatórios em meio a desafios.
Com um time que sabe trabalhar sob pressão, lida bem com mudanças, sabe gerir o tempo e naturalmente lidera crises, os momentos mais complicados atingem as organizações de forma muito mais branda.
Não se esqueça das hard skills
No entanto, por mais que as competências emocionais sejam de extrema importância, elas caminham lado a lado com as habilidades técnicas, que continuam essenciais para conquistar e manter um emprego. Por isso, tenha em seu plano de carreira objetivos para desenvolver os dois lados da moeda.
Trabalhe para melhorar suas habilidades de comunicação, resolução de conflitos e trabalho em equipe, por exemplo, mas também invista na sua educação. Aprimore seus idiomas, mantenha-se atualizado e também faça especializações, como os cursos de pós-graduação EAD da Anhanguera. Afinal, combinar as habilidades comportamentais e técnicas faz parte da jornada de uma carreira de sucesso.