Veja os 10 erros de português mais comuns e como evitá-los

Com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, os candidatos precisam estar atentos a todos os detalhes que podem prejudicar sua avaliação em um processo seletivo. Um desses pontos é o uso da norma culta do nosso idioma e, falando nisso, você sabe quais são os erros de português mais comuns no dia a dia dos brasileiros?

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Sabemos que é normal cometer alguns errinhos no cotidiano, porém, a atenção precisa ser redobrada em ambientes profissionais, seja no currículo e entrevista de emprego ou no seu trabalho atual.

Isso porque dominar a forma correta da linguagem é considerada uma habilidade essencial no mundo corporativo. Para te ajudar a não cometer equívocos em trocas de e-mails, conversas por mensagens e documentos importantes, montamos um guia com os erros frequentes de português.

10 erros de português mais comuns para você ficar de olho

Confira abaixo os 10 equívocos que aparecem com frequência e descubra como evitar que eles apareçam na sua fala e escrita.

1 – Concordância verbal

De acordo com uma matéria publicada pelo portal R7, a concordância verbal é um erro muito comum, que não segue as regras de concordância entre o sujeito e o verbo. Por exemplo, quando temos um sujeito no singular, o verbo precisa estar no singular também, e o mesmo precisa acontecer no caso do plural.

Por exemplo, “elas trabalharam ontem” é uma frase com a concordância verbal correta, na qual o sujeito e o verbo estão ambos no plural. Por outro lado, escrever “elas trabalhou ontem” está errado, tendo em vista que o sujeito está no plural e o verbo no singular. 

Para evitar esse equívoco, sempre cheque o sujeito e garanta que o verbo está seguindo o singular ou plural de forma adequada.

2 – Concordância nominal

Outro tipo de concordância é a nominal, ou seja, as flexões em gênero e número para que todos os termos de uma oração fiquem em harmonia. Para que isso aconteça, é importante identificar o sujeito e flexionar os termos (artigo e adjetivo) de forma concordante.

Em “a nova coordenadora é muito comunicativa e proativa”, temos como sujeito “coordenadora”, que estando no feminino e no singular, define o artigo “a” da frase, assim como os adjetivos “nova”, “comunicativa” e “proativa”. Caso a oração estivesse escrita como “a nova coordenadora é muito comunicativa e proativo”, ela estaria errada em não concordar o último adjetivo com o gênero do sujeito.

Outro exemplo pode ser “erros comum de portugues”, já que o sujeito “erros” está no plural, portanto, o certo seria “comuns”, além do acento circunflexo faltante em “português”.

3 – Conjugações do verbo “ter”: tem ou têm?

Em reportagem da BBC, publicada pelo portal G1, um erro muito frequente ganhou destaque: a conjugação correta do verbo “ter” na terceira pessoa do presente do indicativo. Segundo os veículos, é preciso se atentar a uma regra muito simples e que vai fazer toda a diferença. Escrevemos “tem” quando o sujeito está no singular, enquanto a forma “têm” é usada para se referir ao plural.

Um exemplo é a frase “os funcionários têm que chegar às 08h”, na qual o acento circunflexo se refere ao sujeito no plural (os funcionários). No caso do singular, a frase ficaria da seguinte maneira: “o funcionário tem que chegar às 08h”.

É importante lembrar que a regra também vale para qualquer outro verbo que derive do verbo “ter”, como “obter”, “conter”, “manter”, “deter” e “reter”.

4 – Uso correto da crase

Uma das grandes dúvidas dos falantes da língua portuguesa é o uso da crase, o famoso acento grave. Por mais que pareça complicado decifrá-la, existem alguns truques que podem te ajudar, começando pelo esclarecimento do que de fato é a crase.

Segundo o R7, podemos definir esse acento como a junção de dois termos: a preposição “a” com o artigo feminino “a” ou “as” antes de palavras femininas. Para não escrever “a a” ou “a as”, colocamos a crase sobre um único “a”, e talvez você entenda melhor essa lógica ao pensar no artigo masculino. Quando temos a preposição “a” antes do artigo masculino “o” ou “os”, a fusão dos dois termos resulta no “ao” ou “aos”.

Essa é, inclusive, a primeira dica para identificar se uma frase precisa da crase ou não. Por exemplo, se você não sabe se a oração “eu fui a escola” precisa de crase, substitua “escola” por um termo masculino, como “colégio”. O resultado será “eu fui ao colégio”, e como o correspondente feminino de “ao” é “à”, chegamos à conclusão de que a frase correta inclui a crase, ficando “eu fui à escola”.

Outra maneira de identificar a necessidade do acento agudo é decorando uma rima fácil: “vou a, volto da, crase há! Vou a, volto de, crase pra quê?” Ela ajuda a identificar a necessidade da crase em uma série de ocasiões, especialmente para falar de lugares. Por exemplo, “volto da Argentina” pressupõe “vou à Argentina”, enquanto “volto de São Paulo” indica que não temos crase nesse caso, resultando em “vou a São Paulo”. Além disso, a crase é usada para indicar o horário, mas não para contar as horas.

5 – Haver e fazer como verbos impessoais

Quando os dois verbos aparecem na forma de verbos impessoais, eles sempre devem ser conjugados na terceira pessoa do singular, ou seja, como “há”, “havia”, “houve”, “faz” e fazia”. Isso acontece quando seu uso em uma oração assume os sentidos de existir, indicar tempo decorrido e passado.

Como exemplos, podemos citar as frases “Há três meses que eu não faço atividades físicas”, “faz muito tempo que não vejo meus amigos”, “há vagas na minha empresa”, “faz três anos que me formei” e “faz muito calor em janeiro”.

6 – Os quatro porquês

As confusões com os quatro porquês também entram na lista dos erros frequentes de português, mas a partir de agora, você vai aprender a diferenciar cada um deles. Veja as explicações, de acordo com o portal R7:

 

  • Por que: usado em frases interrogativas, sejam elas diretas ou indiretas, e pode ser substituído pelas expressões “por qual motivo” para garantir seu uso correto. Por exemplo, “por que ela não veio?” pode ser transformada em “por qual motivo ela não veio?”
  • Porque: utilizado em frases afirmativas e respostas, para dar uma explicação, e pode ser substituído por “pois”. “Ela não veio porque está doente” e “ela não veio pois está doente” é um bom exemplo para entender essa possível substituição.
  • Por quê: tem o mesmo sentido de “por que”, contudo, só pode ser usado no fim de frases, como “ela não veio por quê?”
  • Porquê: aparece como substantivo em frases e também tem regras de substituições para te ajudar. Nesse caso, podemos trocar “não sei o porquê de sua ausência” por “não sei o motivo/a razão de sua ausência”.

 

7 – Como diferenciar “mal” e “mau”

Os dois advérbios causam muitas confusões no português, mas existe um truque simples para descobrir qual é a forma correta. Sabendo que “mal” é o contrário de “bem”, e que “mau” é o oposto de “bom”, basta fazer essa substituição para entender o que fazer.

Um exemplo simples é a frase “ele está de bom humor”, cujo oposto é “ele está de mau humor”. 

8 – Impresso ou imprimido

Outro clássico nos equívocos de português ocorre com o verbo “imprimir”. Contudo, de acordo com o G1, é fácil diferenciar o uso das conjugações “impresso” ou ”imprimido”.

 

  • Impresso: com os verbos “ser” e “estar”, por exemplo, “as provas já foram impressas pelo professor.”
  • Imprimido: acompanha os verbos “ter” e “haver”, como na frase “eu já havia imprimido os documentos quando ela chegou.”

 

9 – A apresentação está anexo, anexa ou em anexo?

Quem nunca ficou em dúvida na hora de escrever um e-mail sobre documentos em anexo, não é mesmo? Mas todas essas dúvidas vão acabar agora, porque segundo matéria da revista Superinteressante, a explicação é simples e vai agilizar o envio dos seus e-mails no trabalho.

Como “anexo” é um adjetivo, ele precisa concordar em gênero e número com o substantivo que o acompanha. Deste modo, o correto seria “segue anexa a apresentação” ou “a apresentação está anexa”.

10 – Seção, sessão e cessão

Para não cometer mais o erro de confundir “seção” com “sessão” ou cessão”, preste atenção aos seguintes exemplos:

 

  • Seção: departamento ou parte de um todo. Um exemplo pode ser “a seção dos laticínios fica depois do terceiro corredor.”
  • Sessão: referente a um acontecimento em um período de tempo, como em “a próxima sessão de cinema começa às 16h.”
  • Cessão: é relativo ao verbo “ceder”, como no exemplo “o autor assinou o termo de cessão dos seus direitos autorais para a editora.”

 

Como evitar os erros frequentes de português?

Para além das dicas para lembrar das regras de cada um dos erros que listamos, existem outras maneiras que podem te ajudar a melhorar ainda mais o seu português. Confira!

1 – Tire dúvidas com a internet

Sempre que tiver alguma dúvida, ou não se lembrar da escrita correta de alguma palavra, recorra à internet. Em uma rápida pesquisa em buscadores, você vai encontrar as respostas que precisa e garantir que seu e-mail ou documento está alinhado com a norma culta da língua portuguesa.

2 – Use as ferramentas de corretores automáticos

Hoje em dia, diversos programas e servidores de e-mails possuem ferramentas que escaneiam seu texto e apontam possíveis erros. Sendo assim, verifique se as suas ferramentas estão ativadas e lembre de sempre configurá-las para o idioma do texto em questão.

2 – Crie o hábito da leitura

Uma ótima maneira de se manter alinhado com as regras do nosso idioma é cultivar o hábito de estar sempre em contato com ele. Você pode fazer isso por meio da leitura, por exemplo, que une o desenvolvimento de um hobby com incentivo à criatividade, aprendizado de novos conhecimentos e a manutenção do seu “corretor automático cerebral”.

3 – Mantenha-se atualizado com uma pós-graduação

Por fim, outra maneira de evitar os equívocos é fazendo uma pós-graduação, como as oferecidas pela Unopar EAD. O contato com o ambiente acadêmico, onde a norma culta assume um papel ainda mais rígido, vai te ajudar a manter a escrita alinhada, sendo uma ótima consequência de todos os outros benefícios que uma especialização vai trazer para a sua carreira.

Além de te ensinar a evitar os erros de português mais comuns, você vai se especializar em uma área, descobrir novas tendências e tecnologias, se desafiar e adicionar um excelente diferencial ao seu currículo. Isso porque os recrutadores estão cada vez mais interessados em candidatos que se comprometem com suas carreiras por meio da pós-graduação, então, o que está esperando para se matricular?

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