Qual a importância da curiosidade e como desenvolver essa soft skill?

Você sabia que a curiosidade se tornou uma das características mais buscadas em profissionais? Essa capacidade está relacionada ao estímulo cerebral que traz motivação para aprender coisas novas, pesquisar sobre temas que não são do seu repertório de conhecimento e ter uma visão que saia do comum. 

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No mercado de trabalho, a curiosidade é considerada uma soft skill, ou seja, uma habilidade mais relacionada ao comportamento do que ao conhecimento técnico. E esse tipo de recurso é bastante valorizado por recrutadores e gestores de equipe.

De acordo com um estudo recente realizado pela SAS com mais de 2 mil gerentes e coordenadores de cinco setores e seis países diferentes, 62% dos líderes afirmam que é difícil encontrar pessoas com habilidades técnicas, enquanto 60% relatam dificuldades em encontrar aqueles profissionais que têm as soft skills necessárias – entre esses traços de personalidade mencionados está a curiosidade. 

A mesma pesquisa revela que 72% dos gerentes de recursos humanos entrevistados listaram a criatividade como uma característica valiosa entre as soft skills. Desses, 51% ainda afirmam que ela ganhou mais importância com o tempo, já que é notado que ser curioso gera mais impacto nos negócios (59%) e melhor desempenho da equipe (51%).

E essa importância é vista dentro e fora das empresas. As métricas do LinkedIn mostram que postagens que mencionam a curiosidade tiveram um aumento de 71% e o envolvimento com essas publicações aumenta ainda mais quando há uma discussão sobre o tema, chegando a atingir uma marca 158% de 2020 a 2021. 

Além disso, as ofertas de empregos que mencionam essa soft skills como uma habilidade desejável aumentaram cerca de 90% no mesmo período.

Por que a curiosidade é tão importante no mercado de trabalho?

A curiosidade está emergindo no ambiente corporativo um traço crítico, que abrange a vontade de buscar novas informações, explorar experiências diversas e descobrir possibilidades que não se sabia da existência. 

Sabendo que as organizações estão cada vez prezando por times que buscam as melhores soluções para a empresa, o instinto curioso pode te colocar em evidência e trazer uma série de benefícios individuais e coletivos.

Por exemplo: uma empresa que estimula a criatividade pode ter um aumento da produtividade, uma comunicação mais aberta e eficiente com todos os membros e níveis das equipes, times melhores desenvolvidos e mais conectados entre si e com o propósito da companhia, o que, por sua vez, gera uma redução de conflitos internos.

Além disso, uma das principais vantagens é a diminuição de erros na hora de tomar decisões, já que uma pessoa curiosa evita informações que sejam meras confirmações sobre coisas que ela já saiba, focando mais no aprendizado e em colocar em prática o que aprendeu. 

As situações difíceis também passam a ser vistas de maneira mais criativa e incentiva os membros da equipe a serem empáticos, se interessando pelas ideias dos demais e tentando ver os acontecimentos através de diversas perspectivas. 

O que pode dificultar a criação de um ambiente curioso?

Todos os benefícios que mencionamos anteriormente acontecem porque, segundo estudos, a curiosidade está menos associada à reações ligadas ao estresse e à provocação. Um levantamento que observou 120 funcionários mostrou que uma boa performance de trabalho, com feedbacks diretos dos líderes e um ambiente em que se pode explorar as habilidades, fazem com que a curiosidade natural flua. 

Outra pesquisa realizada com mais de 3 mil funcionários mostra que 92% dos participantes atribuíram a possibilidade de trazer novas ideias para as equipes e para a empresa, de maneira geral, às pessoas curiosas. Além disso, essa mesma porcentagem diz enxergar a conexão entre a habilidade e a satisfação, motivação, inovação e bom desempenho.

Isso tudo significa que o local de trabalho está diretamente relacionado à curiosidade ser aflorada como uma habilidade indispensável. E, apesar dos inúmeros resultados positivos, é fato que as organizações frequentemente desencorajam essa atitude, não pelo seu valor, mas pela falta de compreensão sobre esses benefícios. 

Apesar de existirem organizações que oferecem tempo livre aos funcionários para que eles explorem seus interesses para além das atividades cotidianas, como é o caso do Google e Facebook, elas ainda são raras, e as metas desafiadoras, o curto prazo e a pressão diária consomem o tempo que poderia ser utilizado para a pesquisa de novas abordagem e na aplicação de ideias inovadoras no local de trabalho.

A liderança também pode ser uma questão que impede os curiosos de explorarem suas ideias. De acordo com uma pesquisa, os gestores costumam achar que a criatividade leva a divergência da equipe, dificulta a tomada de decisão e aumenta o custo dos negócios. Por isso, muitas vezes, ela não é sequer incentivada.

Mas, é possível levar a curiosidade para além do local de trabalho. Procure atividades que exercitem o seu cérebro e te leve a questionar o que vê, ajudando a adquirir um pensamento crítico e curioso. Além disso, leituras e cursos, como uma pós-graduação da  Anhanguera EAD, podem te ajudar a pensar fora da caixa.

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