“Estou infeliz no meu trabalho”. Esse é um pensamento recorrente? Então, você deve rever a situação da sua carreira imediatamente, uma vez que a saúde mental não deve ser subestimada: é de suma importância para a sua qualidade de vida.
A saúde mental é tão importante que, no início deste ano, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a Síndrome de Burnout como doença do trabalho. A causa da Síndrome de Burnout está diretamente relacionada com o excesso de trabalho e, por sua vez, a infelicidade que a função gera para o indivíduo, acarretando em estresses diários e sensações de frustração.
É bom que você consiga entregar diferentes demandas em um mesmo expediente e que os líderes te vejam como alguém ágil e proativo. No entanto, é necessário estabelecer limites e entender até que ponto vale a pena fazer aquela hora extra, por exemplo. Quando o trabalho é excessivo, passa a afetar a saúde e pode corroborar para a sua infelicidade naquele ambiente.
O que fazer quando estiver infeliz no trabalho?
Se levantar na segunda-feira de manhã para encarar a rotina te causa angústia a ponto de sentir vontade de chorar, se você precisa ir ao banheiro para chorar escondido durante o expediente ou, ainda, se volta para casa chorando no transporte público, é um sinal de que as coisas não estão certas e algo precisa ser repensado.
Não é apenas o choro que manifesta a infelicidade, e até mesmo as pessoas ao seu redor podem notar as mudanças em seu comportamento, caso esteja infeliz: você automaticamente para de entregar as demandas com o mesmo capricho de antes, seu rendimento cai exponencialmente, e a motivação que um dia te levou a conduzir sua função já parece se perder.
É preciso tomar cuidado para não deixar que esse tipo de situação te faça perder o emprego, principalmente se não houver nenhuma outra oportunidade na mira. De qualquer forma, vale ir atrás de outras soluções antes de recorrer ao extremo, que no caso seria pedir demissão.
A depender do grau da situação, vale começar a enviar os currículos, para que só quando tiver um outro emprego à sua porta, você possa deixar o cargo atual para trás. No entanto, existem outros meios de resolver a questão, sem colocar o seu emprego em risco.
Em algumas empresas, existem profissionais à disposição, justamente para conversar com os funcionários que se sentem sobrecarregados ou infelizes, de alguma maneira. Se a sua empresa dispõe desse recurso, esse é o primeiro passo a tomar, já que com o menor sinal de saúde mental em risco, é importante buscar um especialista.
Como saber se o trabalho está te fazendo mal?
Primeiro, você precisa entender que não é normal não estar bem. É claro que todos nós temos dias complicados e cheios, mas se o mal estar já é recorrente, é um sinal de que aquele emprego — seja por conta das pessoas, da liderança ou dos próprios estresses relacionados à função que se exerce — não faz bem para a sua saúde mental.
Se a ideia de voltar ao trabalho te dá uma crise de choro, ou uma crise de ansiedade, também significa que algo por lá está te fazendo mal. Fique atento aos sinais e saiba reconhecer suas próprias mudanças de humor e os anseios relacionados ao trabalho. Pode ser que seus familiares notem antes de você e comentem alguma coisa, por exemplo.
Pode ser que seus colegas e líderes também notem se algo não está indo bem, e levar esses comentários como sinais pode te ajudar a identificar com mais facilidade que o emprego não está te fazendo bem.
Alguns sintomas como perda de apetite e perda de interesse em atividades que antes pareciam divertidas para você também podem indicar que a sua saúde mental está abalada. Nesses casos, vale uma ida ao psicólogo em busca de um diagnóstico mais preciso, pois existem transtornos como a depressão ou a ansiedade, responsáveis por graves consequências.
Quando é a hora certa de mudar de emprego?
Se você não consegue mais trabalhar com motivação, e isso está impactando até outras áreas da sua vida, é um sinal de que você precisa deixar o emprego. Perceba que a sua saúde e a sua felicidade são mais importantes que o trabalho, e devem ser prioridade!
Assim, se o pensamento “estou infeliz no meu trabalho” é recorrente, já vale começar a procurar outro lugar, ou talvez investir em cursos que possam te ajudar a obter a qualificação necessária para conseguir um emprego melhor, como a pós-graduação em Ciências Sociais ou em outras áreas do conhecimento.