Afinal, estudar escutando música é bom? Confira!

Estudar ouvindo música é bom? Saiba o que os especialistas do assunto têm a dizer! Enquanto alguns preferem o completo silêncio, outros optam por uma playlist de seu agrado. No entanto, uma questão que ainda paira no ar é se essa escolha é interessante para a produtividade e para o aprendizado, ou se realmente é melhor manter tudo o mais quieto possível.

Para começar, um estudo da University of Toronto publicado no periódico científico Journal of Alzheimer’s Disease em novembro de 2021 apontou que ouvir música pode combater o déficit cognitivo leve, uma vez que traz estímulos aos neurônios, de modo que ajuda a elevar o nível do funcionamento do cérebro.

Nesse caso, a teoria dos pesquisadores é que a música representa mudanças no córtex pré-frontal (uma espécie de centro de controle do cérebro, com relação direta ao comportamento social,  personalidade, planejamento de tarefas mentais complexas e decisões). 

Na ocasião, o grupo de cientistas conduziu ressonâncias magnéticas com os participantes antes e depois de ouvir música. A conclusão do estudo é que as músicas formam uma espécie de “exercício para o cérebro”.

Enquanto isso, um estudo da Journal of Personality and Social Psychology revelou que a música tem mais a ver com o comportamento do que imaginamos, e que o gosto musical está diretamente relacionado à personalidade. 

Os cientistas estabeleceram ligações diretas entre pessoas extrovertidas e música contemporânea,  pessoas agradáveis com música suave e associações negativas entre consciência e música intensa:  pessoas  neuróticas costumam buscar música triste para expressar a solidão ou músicas mais animadas para mudar de humor. 

Estudar escutando música é bom? O que os estudos dizem

Por sua vez, um estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT) publicado na Current Biology apontou que a música é capaz de ativar neurônios específicos do córtex auditivo. 

O grupo de cientistas monitorou a atividade cerebral que ocorre em resposta a estimulantes externos e notou  uma população de neurônios que responde ao canto e outra que responde ao instrumental. Conforme diz o artigo, essas duas populações estão bem próximas uma da outra.

Especialistas destacam, ainda, a existência de dois sistemas de atenção: o consciente e o inconsciente. O que acontece é o seguinte: durante uma tarefa, a atenção consciente fica completamente ocupada, mas ainda pode ser desviada pelo sistema inconsciente. 

É aí que entra a música: cobrindo ruídos que tenham potencial para perturbar essa atenção inconsciente. Entretanto, os pesquisadores dissertam que, como os nossos cérebros são mais estimulados por informações linguísticas, é mais benéfico que a música não tenha letra. Vale prestar atenção para o fato de que, se a canção tem um impacto negativo no humor, pode enfraquecer a motivação.

Anteriormente, uma equipe da Universidade de Caen, na França, realizou um teste com estudantes de 249 universidades. Todos com o mesmo nível de conhecimento foram divididos em 2 grupos. Ambos os grupos tiveram que assistir a uma palestra e depois resolver uma prova baseada sobre o que foi aprendido.

Depois de realizado o experimento, a equipe notou que o grupo que assistiu à palestra escutando música teve um aumento de atenção e um maior desempenho, em comparação com os alunos que não escutaram as canções.

Música x produtividade

Em 2012, durante entrevista ao The New York Times, o Dr. Amit Sood , médico da Mayo Clínic, chegou a afirmar que a mente das pessoas tende a vagar, e a música pode nos trazer de volta ao momento presente. Nessa mesma época, uma pesquisa envolvendo especialistas de TI, apontou que aqueles que ouviam música concluíam suas tarefas mais rapidamente, além de terem ideias melhores do que aqueles que não possuem esse hábito. 

Na ocasião, os pesquisadores afirmaram que, quando se está estressado, pode tomar uma decisão precipitada, porque se tem um foco muito estreito. No entanto, quando se vive um estado de espírito positivo, é capaz de pensar em mais opções.

O famoso Julian Treasure já afirmou que nós é possível se concentrar em 1.6 conversas por vez, então as  pessoas que escrevem ou lidam diretamente com números acabam trazendo informações que estão sendo ouvidas para o que estão fazendo. Isso resulta em uma perda de foco e em prejuízos à produtividade prejudicada.

Por isso, a sugestão do expert é que aqueles que costumam estudar ouvindo música deem preferência a uma canção sem letra (ou seja, puramente instrumental), justamente para evitar uma sobrecarga de informação.

Para Matthew Hughes e Philip Bates,  do portal norte-americano MakeUseOf, jazz e música clássica funcionam melhor, já que o ritmo mais lento e calmo  ajuda a  manter a concentração. Mas em sua visão,  a pessoa deve procurar por álbuns que tenham a ver com o que ela irá fazer.

Agora que você sabe que estudar ouvindo música é bom (desde que não haja um excesso de informações), basta decidir qual curso pretende fazer! Você pode optar por uma pós-graduação, por exemplo, o que te mantém atualizado no mercado de trabalho e aumenta as chances de crescimento na área profissional.

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