Lidar com a pressão, prazos e mudanças repentinas fazem parte da vida profissional, mas às vezes essas situações são excessivas e podem causar efeitos negativos na saúde mental. Isso pode ser causado por conta de um ambiente de trabalho tóxico, mas nem sempre é fácil reconhecer isso.
Isso porque em alguns casos todo o ambiente corporativo atua de maneira negativa, e fica difícil perceber que alguns comportamentos são, na verdade, destrutivos. Em geral, isso acontece quando há má gestão, e os líderes estão despreparados para lidar com as mudanças do mercado e não se importam com a saúde mental das pessoas.
Porém, perpetuar certas atitudes terá um efeito negativo em todas as pessoas. Para os colaboradores pode levar a um esgotamento mental que pode deixá-los afastados, improdutivos ou até pedir desligamento.
Para a empresa, isso reduz o ritmo de trabalho, impede que os profissionais trabalhem motivos e, consequentemente, impacta os resultados do negócio.
Lidar com frustrações, se relacionar com pessoas com personalidades opostas e não atingir metas específicas pode gerar conflitos, mas quando isso extrapola a regra da exceção e se torna uma regra, já é um sinal de que a empresa tem um ambiente desagradável.
O que é um ambiente de trabalho tóxico?
Quando um profissional se sente mal no trabalho, não consegue se relacionar com os colegas e percebe que a execução até das tarefas mais simples se torna difícil são alguns sinais que podem indicar esse tipo de cenário.
Em geral, essas empresas são muito centradas na figura de um só gestor, o dono ou diretor, e há poucos procedimentos padronizados. Assim, fica difícil seguir uma linha de trabalho e o dia a dia é instável, pois não se sabe o que esperar.
A insegurança que isso causa é um indicador de que o ambiente é tóxico. Mais do que isso, porém, é possível que a manifestação desse espaço se dê no emocional, com crises de ansiedade, depressão, angústia, e um sentimento desagradável toda vez que a pessoa acorda para trabalhar, chegando até o burnout.
Isso também têm impacto na vida pessoal dos colaboradores pois, além dessas manifestações emocionais permanecerem fora do trabalho, o dia a dia atribulado aumenta o estresse e pode influenciar em problemas pessoais como falta de paciência, raiva e nervosismo.
Como identificar um ambiente tóxico?
Antes de mais nada, é importante diferenciar um período difícil, de comportamentos padrão constantes. Pode ser que, por conta de um período sazonal, uma estratégia que deu errado ou qualquer imprevisto, os níveis de estresse aumentem.
Se isso for temporário, o mais importante é tentar manter uma boa comunicação com os colegas e gestores diretos e, ao invés de deixar esse clima negativo permanecer, buscar soluções em equipe.
Mas, alguns sinais podem se apresentar de maneira regular e se tornarem a regra, dando indícios de que a empresa está ativamente contribuindo para o desgaste das pessoas. Confira quais são e como identificá-los:
Baixo engajamento
Aos poucos, você para de dar sugestões e pensar em soluções novas. Com isso, os processos logo se tornam morosos, e não há mais disposição para contribuir com ideias. A síntese disso é a expressão “fazer o mínimo”, já que até qualquer atividade acaba levando mais tempo do que deveria para ser feita.
A falta de reconhecimento, impossibilidade de compartilhar ideias e sentimento geral de que seu trabalho não tem importância leva as pessoas a pararem de se dedicar e o engajamento cai. Esse é um sinal claro de que a empresa não está atenta ao talento que tem internamente e acaba aumentando o turnover.
Insegurança
É comum que as empresas lidem com um dia a dia baseado no humor do chefe. Se é um dia bom, você corre para apresentar um trabalho ou tirar uma dúvida, sem correr o risco de ter tudo reprovado.
Com isso, a insegurança é constante, pois nunca saberá como será o dia, e pode ver os esforços irem por água abaixo. Sem contar que pode gerar um medo excessivo de errar e levar bronca que te leva a nem tentar realizar uma tarefa.
Falta de profissionalismo
Seja por parte dos líderes, seja mesmo de colegas, práticas como bullying ou fofoca indicam incapacidade de manter uma relação profissional saudável. Esse ambiente que estimula falar mal dos outros pelas costas, reclamar do trabalho dos colegas para quem quiser ouvir e pôr a culpa nos outros também é insustentável e, a longo prazo, trará consequências negativas para as pessoas.
O que fazer quando o ambiente de trabalho é tóxico?
O primeiro passo é avaliar a gravidade do que está sentindo. Em alguns casos, é necessário o apoio de profissionais, como psicólogos, para ajudar a desenvolver ferramentas para lidar com o ambiente de trabalho. Outra possibilidade é falar com o RH, mas a área também pode estar sujeita a esse padrão de comportamento.
Por fim, mudar de emprego é a solução ideal, buscando uma colocação em uma organização alinhada com o que você acredita ser um modelo de trabalho positivo. Nesse caso, mantenha o currículo atualizado e busque uma especialização.
Fazer um curso como a pós-graduação Anhanguera irá facilitar essa transição ao oferecer destaque no mercado de trabalho, e ainda pode injetar novo ânimo na carreira para se livrar do ambiente de trabalho tóxico.