A modernidade mudou a maneira como a diversidade é vista nas organizações corporativas, já que essa tem sido uma preocupação cada vez mais presente: tornar o ambiente de trabalho aberto às diferenças. Dar lugar a pessoas tão diferentes pode promover uma junção de ideias que jamais se cruzariam, caso a empresa se prendesse a apenas um perfil específico de colaboradores.
A empresa que está adepta à diversidade também mostra ao público sua preocupação em respeitar o outro e em exercer a empatia. Ou seja, colocar-se no lugar de uma outra pessoa e imaginar como é estar em sua pele em prol de um tratamento mais adequado.
Outro ponto importante é que a diversidade também indica o nível em que uma empresa se encontra atualizada, livre de preconceitos. Prender-se a costumes antigos e conservadores mostra que os gestores não são abertos a mudanças e não são adaptáveis.
O que é diversidade nas organizações corporativas
Uma organização corporativa abraça a diversidade a partir do momento em que é possível identificar que seu quadro de colaboradores é constituído por pessoas de diferentes formações, gêneros, sexualidades, raças, experiências e visões de mundo.
Com isso, é possível afirmar que a diversidade está diretamente associada à construção de ambientes plurais, em que há espaço para todos os perfis profissionais. Trata-se de um conceito ligado inevitavelmente à inclusão — que, por sua vez, envolve medidas práticas que permitem efetivamente a mudança da cultura de uma empresa.
Também podemos associar a diversidade corporativa ao equilíbrio, já que promove uma paridade entre os perfis dos indivíduos que fazem parte daquela empresa. Ou seja: a equipe deixa de ser composta apenas por pessoas com apenas uma característica, dando espaço a outros gêneros, outras etnias, etc.
A importância de ser uma empresa diversificada
A diversidade traz muitos impactos positivos para a realidade da própria empresa. Em 2020, a McKinsey & Company, empresa de consultoria empresarial americana que aconselha empresas, governos e outras organizações em consultoria estratégica, conduziu um estudo a partir dos dados de 700 empresas e concluiu que aquelas que adotam a diversidade são mais saudáveis e até mesmo rentáveis.
Satisfação profissional
No relatório em questão, a consultora chegou a concluir que o colaborador de uma empresa diversificada se sente mais à vontade para ser quem realmente é no trabalho, o que por sua vez promove engajamento — ou seja, a participação e contribuição nas ações da organização.
Um colaborador que reconhece a empresa em que trabalha como comprometida com a diversidade também tende a concordar mais com os líderes, justamente por confiar nessa liderança e consequentemente na equipe em si.
O estudo também menciona que, em empresas adeptas à diversidade, 63% dos colaboradores relatam satisfação com o trabalho. Nas demais empresas, esse número chega a apenas 31%.
Clima organizacional
Como vimos, a diversidade também é importante para tornar mais harmonioso o clima organizacional. Assim, os colaboradores se deparam com um ambiente de trabalho muito mais saudável.
Saúde mental e bem-estar
E por falar em ambiente saudável, uma empresa aberta à diversidade tende a fornecer mais bem-estar para os colaboradores. Trabalhar em um lugar onde você não se encaixa e não se sente aceito pode ser prejudicial à saúde mental e comprometer o desempenho. Quando a equipe tem espaço para pessoas de diferentes perfis, existe uma sensação de pertencimento.
União da equipe
Essa sensação de coletividade fortalece o trabalho em equipe e promove a união. Os colaboradores tendem a cultivar até mesmo um relacionamento interpessoal que ultrapassa a formalidade do profissional e estreita laços.
Como promover a diversidade nas organizações corporativas
A tarefa de promover a diversidade em uma organização não é instantânea, ou seja: a empresa não vai abraçar esse novo conceito da noite para o dia. Isso é feito através de uma série de ações e estratégias, e é um processo de longo prazo, separado por etapas que devem ser introduzidas pouco a pouco na cultura empresarial.
1 – Criar um comitê de diversidade e inclusão
Depois que a ideia de se adotar políticas de diversidade e inclusão já estiver bem estabelecida entre os gestores, o primeiro passo rumo à execução é criar um comitê destinado justamente a colocar em prática essa nova cultura. O comitê, que deve ter a presença dos líderes de departamento e dos profissionais de recursos humanos, fica responsável pelas estratégias que vão garantir a diversidade na empresa.
2 – Comunicação
A segunda parte da promoção da diversidade em uma empresa envolve a comunicação, que deve acontecer de dentro para fora. Isso significa que primeiro os colaboradores devem ficar sabendo desse novo interesse da organização em mudar seus ideais e aderir a políticas direcionadas à inclusão. Depois, fica a tarefa de deixar transparente ao público essa nova identidade.
3 – Palestras e conscientização
Novidades podem gerar resistência, e é com isso em mente que a organização pode apostar em palestras que tenham a premissa de ampliar a conscientização dos colaboradores acerca da importância da diversidade. Vale ressaltar que, para isso dar certo, a alta liderança deve estar verdadeiramente engajada na causa.
4 – Recrutamento e seleção
Não adianta aderir à diversidade apenas na teoria. Para que tudo seja concretizado, a empresa também deve reestruturar seu método de recrutamento e seleção, para que assim os colaboradores que se enquadram nas minorias tenham prioridade em determinadas vagas. Em muitos casos, os filtros utilizados para escolha dos funcionários estão contaminados por preconceitos, ainda que de forma inconsciente. A empresa deve se desprender desses filtros.
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