As empresas atuais seguem em busca de um ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo, alinhado à realidade social atual. Encontrar oportunidades de promover grupos minoritários exige um esforço conjunto que inclui o RH e os líderes. Mas, para implementar ações eficazes, é preciso promover estratégias condizentes com o que os colaboradores necessitam. Para isso, muitas empresas contam com grupos de afinidade.
Por meio desse processo, as minorias têm a possibilidade de compartilhar suas dificuldades e buscar soluções que irão, de fato, criar uma cultura de inclusão. A ideia é fortalecer o senso de pertencimento dessas pessoas, diminuir o turnover e garantir que eles tenham uma experiência que se iguale a outros grupos, com as mesmas oportunidades.
Segundo uma pesquisa global da PWC, enquanto 54% das empresas consideram diversidade e inclusão uma área prioritária na organização, apenas 39% dos colaboradores veem a empresa dessa forma. Com isso, existe um desalinhamento, seja nas ações, seja na comunicação, que faz com que as pessoas não vejam com clareza como a organização prioriza esse tipo de ação, ou que indicam que a organização ainda não faz o suficiente por esses grupos.
Qual o conceito de grupos de afinidade?
O grupo de afinidade é constituído por uma equipe, geralmente organizada de forma voluntária, para tratar de interesses e dificuldades enfrentadas, em busca de demandas em comum em seu ambiente de trabalho.
Assim, essas pessoas têm a oportunidade de compartilhar suas experiências e, em conjunto, propor soluções efetivas e levar reivindicações coletivas para as lideranças. Em geral, é um espaço focado em empatia, onde todos podem dividir suas dores e serem acolhidos por colegas.
Os colaboradores com os mesmos marcadores sociais, por exemplo as pessoas negras, a comunidade LGBTQIA+, pessoas com deficiência física e outras minorias, encontram nesses grupos a oportunidade de relatar sua realidade na empresa. Pessoas que não fazem parte desses grupos, mas se consideram aliadas e querem contribuir para a promoção de mudanças em prol da diversidade também podem participar.
O grupo também pode ser a porta de entrada para as iniciativas nesse campo. Empresas que querem apostar em diversidade, mas ainda não sabem como começar, dão início a esse processo com a criação desse tipo de grupo, que se encontra regularmente para conversar e debater ideias.
Qual o papel dos grupos de afinidade?
Os grupos permitem que as pessoas se tornem agentes de mudança e possibilitam uma alteração real e construtiva na cultura de uma organização, que ampliará sua visibilidade no mercado como uma instituição que se dedica à inclusão.
Seu principal objetivo é a troca de experiências entre essas pessoas, mas existem muitos objetivos que podem ser alcançados com a reunião de colaboradores por afinidade:
Promover ações concretas
Por meio de trocas realizadas pelas pessoas que passam por situações similares no trabalho, é possível criar um cenário real e propor soluções concretas que promovam a diversidade e inclusão nas empresas. A ideia desse grupo é justamente fomentar novas ações e criar uma estratégia eficiente para que a organização trabalhe esses aspectos, não só internamente, mas também com clientes e fornecedores.
Atrair novos talentos
Esses encontros também têm potencial para ampliar a diversidade, realizando um recrutamento que leve em consideração esses grupos. Uma empresa que aposta em diversidade tem índices maiores de produtividade e lucro, e tudo começa com a busca no mercado de trabalho.
Fortalecer a cultura de trabalho
As organizações contam com regras e formas de se organizar, valores e propósitos. Assim, a soma desses conceitos se torna a cultura da empresa, que vai nortear suas decisões e planejamento estratégico. Esses grupos permitem fortalecer essa cultura, criando um ambiente mais unido, que busca soluções inovadoras.
Benefícios e como implementar
Os grupos de afinidade promovem diversos benefícios nas empresas. Eles permitem que as pessoas se integrem e se comuniquem melhor e os torna mais ativos em busca de resultados. Confira alguns benefícios de criar esses grupos:
Melhora a reputação
Um grupo de afinidades, alinhado com outras estratégias de diversidade e inclusão, terá impacto na reputação da empresa, que se tornará mais desejada pelos melhores talentos, além de ser reconhecida pelo mercado pelo seu posicionamento.
Promove inovação mais rápido
Uma das características positivas de contar com uma equipe diversa é promover inovação mais rápido. Para as empresas, isso as coloca à frente dos concorrentes e garante maior competitividade em sua área de atuação.
Aumenta o senso de pertencimento
É difícil “vestir a camisa” quando a empresa não se importa com o bem-estar das pessoas. Ao promover esses grupos, a organização também mostra que quer ouví-los e está disposta a fazer mudanças que tornem suas vidas mais fáceis e promovam seu desenvolvimento. Isso terá efeito em sua relação com a empresa, e a tornará mais ativa e disposta a atingir os objetivos e metas.
Para implementar isso, o primeiro passo é estar aberto às ideias e sugestões desses grupos. Eles não irão funcionar se as lideranças não ouvir e buscar mudanças que contribuirão para um ambiente mais justo.
A partir disso, é preciso colher dados e entender quais são os grupos que podem e querem realizar esses encontros e debates. Por fim, aposte no desenvolvimento profissional das equipes, e incentive que façam especializações, indicando as possibilidades de crescimento.
A Unopar EAD conta com diversas opções que permitem formar profissionais atentos às tendências do mercado, que buscam inovação, não só nas soluções, como também internamente, promovendo uma empresa mais bem sucedida como um todo.
Bem aplicados, os grupos de afinidade podem ser uma incubadora para ideias disruptivas, e colocarão a organização à frente dos competidores, ao mesmo tempo que promovem um ambiente mais justo.