“O que acontece em Vegas, fica em Vegas”… uma frase conhecida que não se encaixa no mundo virtual, pois para obter informações sobre alguém basta “dar um Google”.
Se você quer utilizar a internet como ferramenta de networking e empregabilidade, precisa estar muito atento ao que publica em qualquer rede social (seja ela focada nesses objetivos ou não).
Ou seja, não pense você que o recrutador vai olhar apenas o LinkedIn como ferramenta para obter dados sobre a sua pessoa, pois o seu nome vai aparecer em todas as plataformas quando ele clicar no buscador virtual.
A sensação de liberdade que o mundo virtual proporciona faz com que as pessoas se expressem de qualquer forma, dando opiniões sobre vários temas, além da exposição de sua vida pessoal.
Porém, essa mesma liberdade pode se tornar um vilão, principalmente na sociedade atual que demonstra cada vez o cancelamento cultural, em que pessoas são julgadas e punidas em questão de segundos, sem ter uma única chance de defesa ou de tentativa de explicação daquele fato.
Nem a opção de apagar a publicação, que toda mídia permite, salva o usuário hoje em dia, pois o famoso “print” estará lá para lembrar aos outros do ocorrido.
Profissionais de RH podem utilizar a internet para buscar dados sobre os candidatos e, nesse caso, você precisa direcionar o mundo virtual ao seu favor de forma estratégica.
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Sendo ético ou não (esse artigo não irá abordar tal temática), o clique está a poucos segundos de distância desse profissional. Seria muita ingenuidade acreditar que ele não se utilizaria disso para entender como o candidato se comporta, suas opiniões ou seus objetivos futuros e como isso pode gerar maior assertividade para a vaga em questão, principalmente se suas fotos e textos não estiverem em linha com o propósito e os valores da empresa.
Por exemplo, um colaborador almeja uma promoção, mas diz que nunca tem tempo para se qualificar, porém bate ponto de entrada e saída em “Happy hour” e se vangloria de acordar tarde aos finais de semana.
Imagine a situação na qual um recrutador está em dúvida entre dois candidatos (um deles é você) que chegaram à etapa final do processo seletivo, ambos com características semelhantes e, nesse momento, ele busca informações na internet. Será que você seria escolhido para a vaga? Será que a internet iria te auxiliar?
Faça um teste… escreva seu nome completo em um site de busca e veja o que a internet tem a dizer sobre você. Talvez esse exercício possa clarear sua visão sobre a resposta que o recrutador teria.
E aí? O que achou? Gostou da resposta que obteve?
Torço para que a resposta seja sim, porém caso tenha se espantado com o resultado do exercício, seguem algumas dicas para você evitar o susto:
(1) Se realmente você quer utilizar as mídias sociais para falar tudo o que quer para o mundo, então tenha o cuidado de bloquear quem terá acesso às suas publicações, através das configurações de privacidade da rede social;
(2) Tenha sempre o cuidado de utilizar o português de forma correta nas publicações, pois alguns deslizes podem afetar sua imagem, como os famosos erros do tipo “pra MIM fazer” e “MENAS experiência na área”. Se tiver dúvidas, utilize um corretor de texto para te auxiliar na escrita;
(3) Suas fotos precisam estar de acordo com suas pretensões como profissional, principalmente em mídias direcionadas para este fim, ou seja, escolha boas fotos que te representem bem e que possam passar a imagem que você imagina para aquele profissional. Veja o perfil de algum profissional renomado na área e entenda o padrão mais adequado, como o famoso ditado “Quando em Roma, faça como os romanos!”;
(4) Se você encontrar homônimos que acabam te atrapalhando nas redes (e isso acontece muito), tente, em seus perfis, inserir palavras que te destaquem dos outros, pois muitas delas permitem isso, como o LinkedIn, na qual uma pessoa pode inserir em seu perfil o nome “Fulano de tal – Professor” ou “Ciclano Dentista”;
(5) Produza conteúdo nas redes sociais relacionado ao mercado de trabalho do seu interesse, participe ativamente interagindo nas redes com comentários adequados e que acrescentem algo produtivo à discussão de um determinado tema (que também tem ligação com sua área de interesse). Evite temas sensíveis, como política, religião, discurso de ódio e “Fake News”.
Seja estratégico, controle suas publicações e se exponha para boas oportunidades de contratação ou de promoção.
