A criatividade não funciona como um botão de ligar e desligar mas, ao contrário do que muitos pensam, não é uma característica que algumas pessoas têm e outras não. Pelo contrário, é uma habilidade que pode ser adquirida e aperfeiçoada, e todos temos potencial criativo.
Alguns, porém, têm mais facilidade em explorar isso, enquanto outros não desenvolvem muito sua criatividade. Mas existem formas de treinar essa característica e ferramentas que podem ajudar a potencializar isso em todos os aspectos da vida, no trabalho e no dia a dia.
O que é desenvolvimento da criatividade?
A criatividade está relacionada ao poder de inovar, de ter ideias e pensar diferente. Muitos acreditam que isso é um dom que algumas pessoas possuem, mas isso não é real. Ela é guiada por estímulos, que podem ser mais comuns em alguns setores, mas que se apresentam em diferentes momentos da vida.
Quem nunca passou por um imprevisto e teve “que se virar”? Pode até não parecer, mas você já teve que usar a criatividade em algum momento da vida adulta. Mas é na infância onde começamos o desenvolvimento do potencial criativo. É por meio do uso da imaginação que as crianças melhoram sua cognição, despertam as atividades motoras e aprimoram o raciocínio.
O que acontece em muitos casos é que, após esse período, a criatividade não é mais tão estimulada, e os processos burocráticos e rotineiros acabam ocupando muito espaço em nossas vidas, dando menos vazão a atividades criativas.
Enquanto na infância somos estimulados a criar mundos, inventar histórias e desenhar personagens que não existem, conforme vamos amadurecendo acabamos focando em questões mais práticas. Essas ideias fantasiosas não parecem ter valor na vida adulta e, logo, as abandonamos com o tempo.
Mas, por estar relacionada à capacidade de inovação, a criatividade é uma habilidade procurada e um diferencial competitivo no mercado de trabalho, e seu desenvolvimento é necessário para conquistar novas oportunidades na carreira.
Dicas para desenvolver o potencial criativo
Se a criatividade pode ser desenvolvida, significa que existem métodos para isso. Por mais simples que possa parecer, as pessoas que desejam aflorar essa habilidade precisam dedicar parte do seu dia ou da semana em atividades que estimulem isso. Confira nossas dicas:
Anote suas ideias
Sendo bem realista, a verdade é que nem todas as suas ideias serão boas. Mas anotá-las ajudará a dar forma e selecionar o que, de fato, tem potencial. Colocar o que tem na cabeça no papel ajuda a visualizar isso e entender como essa ideia pode se tornar algo concreto. Mas à frente vamos falar sobre processo criativo, mas as anotações têm importante papel no desenvolvimento desse processo.
Seja observador
A rotina intensa é um grande impasse para a criatividade, e nos impede de observar o que há de diferente ao redor. Mas, uma técnica muito indicada por escritores, por exemplo, é notar o que está acontecendo no ambiente. O comportamento das pessoas, como se vestem, sobre o que falam, tudo isso pode trazer novas referências para a vida e para o trabalho.
Leia sobre tudo
Mesmo os leitores mais assíduos costumam ter seus temas de interesse. Porém, um criativo precisa ter amplo repertório, e isso significa sair da zona de conforto e buscar novos conteúdos. Leia sobre temas que geralmente não te atraem e assuntos que não estão no seu radar. Busque novas fontes de informação e se mantenha informado sobre assuntos pertinentes à atualidade.
Exercite a curiosidade
Entender os “porquês” das coisas nos permite questionar o mundo que nos cerca e buscar novas perspectivas. Conhecer os processos, ao invés de só aceitar tudo como é, é uma importante forma de desenvolver novas ideias e ser inovador.
Com isso, a busca constante por conhecimento é uma das chaves para o desenvolvimento profissional. Buscar especialização em um determinado tema dentro do seu campo de atuação também permitirá uma capacidade criativa maior, já que trará mais conteúdo. Com uma pós-graduação EAD, você pode se formar em menos de um ano, estudando online e desbravando a curiosidade.
O processo criativo
Existem muitas formas de aplicar essas dicas e trabalhar efetivamente o desenvolvimento criativo. A mais comum foi desenvolvida pelo psicólogo Graham Wallas, em 1926, e consiste em quatro etapas:
1 – Preparação
Essa etapa indica o processo de pesquisa. É mais fácil estimular a criatividade quando se está pensando em um tema específico. Portanto, pense em objetivos claros: onde quer chegar, qual o propósito, quais os desafios e obstáculos. Se estiver trabalhando em um produto ou ação específico, pode considerar o público que quer atingir e os meios também. Ao final, terá dados e informações que servirão como base para o desenvolvimento criativo.
2 – Incubação
É aqui que se solta a imaginação. É preciso estar livre de amarras e conceitos para pensar em ideias. É mais subjetivo, mas também onde se aplica melhor as dicas acima. Quais são as leituras, observações e anotações que podem ajudar nesse processo?
Aqui é preciso deixar de lado o medo de errar ou de ser criticado, e apenas deixar o pensamento fluir.
3 – Iluminação
Aqui acontece o momento “eureka”, onde as ideias de fato surgem. Você já fez as pesquisas necessárias, e já colocou no papel o que tinha em mente. Com isso, acredite, as soluções irão aparecer.
4 – Implementação
Hora de fazer acontecer. Sua ideia finalmente ganha forma nessa etapa, e o que antes era um emaranhado de pensamentos, aqui se transforma em um projeto.
Se for difícil sair de uma dessas etapas, volte para as dicas que comentamos acima, e continue trabalhando no seu potencial criativo. Mas lembre-se que ele existe em você, e só precisa de um empurrãozinho para vir à tona.