O que pode causar o excesso de trabalho? O que fazer?

Você já se sentiu sobrecarregado pelo excesso de trabalho, como se as horas do dia simplesmente não fossem suficientes para tudo o que precisa fazer? Bem, você não está sozinho.

Essa sensação tornou-se uma realidade nos dias de hoje, em que é comum celebrar a “ocupação” como um sinal de importância, muitas vezes à custa de nosso próprio bem-estar.

Mas o que realmente está por trás desse fenômeno? E, mais importante, como podemos encontrar um equilíbrio entre ser produtivo, mas ainda assim cuidar de nós mesmos? Continue lendo para descobrir as respostas.

Quais as causas do excesso de trabalho?

O excesso de trabalho não surge do nada. Existem diversas causas que, muitas vezes, passam despercebidas, mas que têm um papel importante na maneira como nos relacionamos com nossas responsabilidades.

Vamos conhecer algumas mais comuns para entender melhor por que tantos de nós sentem-se sobrecarregados. 

Cultura corporativa

A cultura corporativa tem uma grande influência sobre os comportamentos e hábitos dos colaboradores.

Em muitas empresas, existe uma cultura não declarada de “sempre estar ocupado”, em que ser visto trabalhando até tarde ou durante os fins de semana é visto como um sinal de dedicação e compromisso.

Isso pode criar uma pressão para que os funcionários estejam constantemente envolvidos em tarefas, mesmo quando não são produtivos, gerando assim o excesso de trabalho.

Falta de delegação

Delegar é uma habilidade essencial na gestão e liderança. No entanto, muitos líderes e profissionais evitam passar tarefas adiante, seja por medo de perder o controle, seja por falta de confiança na equipe ou simplesmente por não saberem como fazer isso de forma eficaz.

Esse acúmulo intencional de responsabilidades frequentemente leva a uma sobrecarga de trabalho, tornando impossível para a pessoa focar nas tarefas verdadeiramente importantes e estratégicas. 

Medo do desemprego

Em cenários econômicos incertos ou em setores com alta rotatividade, o medo do desemprego é real.

Esse medo pode levar os profissionais a acreditarem que, ao trabalharem mais horas e assumirem mais tarefas, se protegerão de cortes ou demissões.

O resultado? Trabalho contínuo, muitas vezes sem pausas, além de uma sensação constante de exaustão. 

Tecnologia e conectividade constante

A era digital trouxe muitas vantagens, como a flexibilidade e a possibilidade de trabalho remoto. Porém, a mesma tecnologia que permite trabalhar de qualquer lugar também nos mantém conectados 24/7.

Muitos profissionais sentem a pressão de estar sempre disponíveis, respondendo e-mails fora do horário de trabalho ou participando de reuniões online em diferentes horários, levando a um desgaste contínuo e, consequentemente, ao excesso de trabalho. 

O que fazer para evitar o excesso de trabalho?

O excesso de trabalho é uma armadilha na qual muitos de nós caímos, especialmente em um mundo tão conectado como o de hoje.

Todos já ouvimos os conselhos padrão: “faça pausas”, “tire férias”, “pratique a atenção plena”. Mas e se houvesse uma maneira de abordar essa questão de uma perspectiva mais inovadora?

Vamos repensar juntos o que significa realmente equilibrar nossa vida profissional:

Redefina o sucesso

Reimaginar o que significa “sucesso” pode não apenas melhorar seu bem-estar, mas também o impacto do seu trabalho.

Veja como você pode começar:

Estabeleça metas com base em impacto, não em quantidade: Ao definir metas, pergunte-se: “O que eu quero alcançar que fará uma diferença real?” Em vez de se concentrar em terminar 10 projetos no próximo trimestre, considere concluir 3 projetos que trarão o maior valor para sua equipe ou empresa.

Reflita sobre o que realmente importa: No final de cada semana, reserve um tempo para refletir sobre o que você realizou. Em vez de contabilizar o número de tarefas concluídas, pense nas tarefas que tiveram o maior impacto e em como elas se alinham com seus objetivos gerais. 

Comunique sua nova definição de sucesso: Para realmente mudar a narrativa, é essencial comunicar essa redefinição de sucesso aos outros. Quando alguém elogiar você por estar sempre ocupado, agradeça e, em seguida, compartilhe uma conquista recente que tenha trazido um impacto real.

Com o tempo, isso não só muda sua própria percepção, mas também a dos que estão ao seu redor. 

Pratique a Regra dos 2 dias

Nunca permita que uma tarefa permaneça inacabada ou não atendida por mais de dois dias. Se você perceber que algo está ficando para trás por mais tempo, é um sinal de que essa tarefa precisa ser reavaliada, delegada ou, talvez, eliminada, sendo necessária uma intervenção.

Pergunte-se: “Esta tarefa é realmente essencial? Estou adiando porque é complexa ou desafiadora?” Se a tarefa não for urgente, talvez possa ser agendada para uma data posterior. Se é algo que você ainda não tem as habilidades para fazer, considere delegar a alguém mais preparado para lidar com ela.

Ao praticar regularmente a Regra dos 2 dias, você não apenas combate a procrastinação, mas também garante que sua energia e atenção sejam direcionadas às tarefas que verdadeiramente importam.

Essa é uma maneira proativa de manter o controle, evitando a armadilha do excesso de trabalho e otimizando sua produtividade.

Aprenda a dizer “não”

Dizer “não” é uma habilidade importantíssima, mas que muitos de nós não cultivamos adequadamente. Em um ambiente de trabalho onde mais tarefas e responsabilidades parecem não ter fim, é fundamental estabelecer limites.

A solução não é simplesmente recusar, mas avaliar efetivamente sua capacidade e as prioridades atuais.

Faça isso quando uma nova tarefa for proposta:

Avalie sua carga de trabalho atual: Antes de aceitar automaticamente, faça uma rápida avaliação das suas responsabilidades existentes. Pergunte-se se tem espaço real para mais uma tarefa sem comprometer a qualidade do seu trabalho ou seu bem-estar.

Seja transparente: Se você não pode assumir uma tarefa, explique os motivos. A transparência pode evitar mal-entendidos e abrir a porta para soluções alternativas, como delegar a tarefa a outra pessoa ou reajustar prazos.

Ofereça alternativas: Se você não pode assumir uma tarefa, considere indicar alguém que possa. Ou, se possível, forneça soluções alternativas. Por exemplo, talvez você possa aconselhar sobre a tarefa ou supervisioná-la em vez de realizá-la completamente. 

Crie “espaços de não trabalho”

Diferenciar trabalho e lazer se tornou um desafio com o home office e a conectividade constante. Criar “espaços de não trabalho” pode ser uma solução eficaz.

Vamos colocar isso em prática:

Identifique espaços: Comece olhando ao redor da sua casa. Pode ser aquela poltrona na varanda, um canto no quarto ou mesmo um espaço no quintal.

Personalize: Deixe esse espaço com a sua cara. Adicione itens que te relaxem, como almofadas, velas ou livros de leitura que não sejam relacionados ao seu trabalho.

Regra de ouro: Comprometa-se a nunca levar dispositivos ou papéis relacionados ao trabalho para esses espaços. 

Rotina: Estabeleça momentos diários para estar nesses espaços. Seja para ler, seja para meditar ou simplesmente tomar um café. 

Comunique-se: Se você mora com outras pessoas, informe-as sobre a sua iniciativa. Elas podem te ajudar a manter o compromisso.

Colocando em prática esses passos, você não apenas define limites físicos, mas também constrói hábitos mentais que distinguem claramente o “estar em trabalho” do “estar em descanso”. E, acredite, seu corpo e mente agradecerão por esses momentos de pausa.

Ao refletir sobre sua relação com o trabalho e implementar as dicas apresentadas, você pode alcançar uma rotina mais harmoniosa. Lembre-se sempre: qualidade supera quantidade, e sua saúde e bem-estar são essenciais para evitar o excesso de trabalho.

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