Muitas vezes em uma entrevista de emprego os recrutadores fazem perguntas do tipo “como você lida com pressão no trabalho?” ou “como você lida com feedback?”. Essas perguntas os ajudam a entender se os candidatos têm inteligência emocional na prática. Essa é uma soft skill muito desejada na hora da contratação, pois tem grande impacto no bom funcionamento de uma equipe e no clima organizacional.
Além disso, as constantes mudanças no mercado de trabalho têm deixado as ocupações mais dinâmicas, e os profissionais precisam desenvolver essa habilidade para serem capazes de se adaptar.
A automatização de muitas atividades cotidianas também contribui para essa transformação, e os executivos buscam pessoas que tenham maior capacidade emocional para lidar com fatores que estão além dessas ações mecanizadas, e envolvem empatia, persuasão e trabalho em equipe, por exemplo.
O que é inteligência emocional na prática?
A inteligência emocional é uma habilidade comportamental que indica a capacidade de uma pessoa de controlar suas emoções em situações complexas. Essa característica pode ter impacto positivo em diversos aspectos na vida, incluindo nas relações pessoais.
Na prática, isso significa evitar sentimentos explosivos e ser racional na hora de lidar com uma situação. Imagine que você está em uma viagem e acontece um imprevisto, como o pneu do carro furar. Pessoas com inteligência emocional são capazes de avaliar a situação e pensar em como resolver, ao invés de entrar em pânico ou se desesperar.
Claro que esses sentimentos vão existir, as emoções são intrínsecas aos seres humanos, mas a capacidade de racionalizar isso, e deixar essas emoções afloradas de lado, focando na proatividade, é o que faz com que uma pessoa seja emocionalmente inteligente.
Além de permitir ter relações mais saudáveis no âmbito pessoal, também trará muitos benefícios para a vida profissional. Em um ambiente de trabalho, convivemos com pessoas diferentes, que tiveram criações distintas e apresentam outros estilos de vida, que podem não ser alinhados com os seus e, ainda assim, têm que trabalhar juntos.
Além disso, não saber lidar com os sentimentos pode deixar uma imagem negativa dos colegas, que vão evitar se aproximar, ou pior, não se sentirão confortáveis para compartilhar questões profissionais.
Os líderes também notam esse tipo de atitude, e dificilmente vão priorizar a promoção de pessoas que agem sem pensar, respondem de forma grosseira ou não sabem lidar com feedbacks negativos.
Portanto, por mais habilidoso que um profissional seja em sua área de atuação, seu comportamento pode comprometer sua longevidade no cargo e impactar seu desenvolvimento profissional.
Como utilizar a inteligência emocional em uma situação real?
Saber que precisamos controlar as emoções e, de fato, fazer isso são duas coisas diferentes. Algumas pessoas têm um comportamento mais impulsivo e acabam reagindo antes mesmo de pensar sobre o assunto. Isso pode gerar atritos e dificultar as relações de trabalho.
Veja o que fazer para desenvolver a inteligência emocional e aplicar ela na prática no dia a dia:
1 – Controle a impulsividade
O primeiro passo, então, para adquirir inteligência emocional é controlar a impulsividade. Quanto sentir algo muito forte, como raiva, tente não dizer a primeira coisa que vem à cabeça, mas sim conte até 10.
Se receber, por exemplo, um e-mail cobrando sobre determinada tarefa, não responda imediatamente. Levante-se, respire fundo, pense sobre qual a melhor forma de replicar educadamente. Ao invés de agir imediatamente, tome um tempo para refletir sobre o tema.
2 – Trabalhe as emoções negativas
É impossível não senti-las, portanto aprenda a lidar com elas. Medo, frustração, raiva e indignação são todos sentimentos válidos e o melhor a fazer é tentar compreendê-los. Busque entender porque se sente assim e tente canalizar isso de forma produtiva. Você pode ter uma conversa com um gestor ou colega de trabalho em relação a isso?
Encontre uma maneira de lidar com essa sensação antes de agir. Manter esse sentimento guardado a longo prazo também pode sobrecarregar e afetar a saúde mental. Se for o caso, busque ajuda profissional.
3 – Analise seu comportamento
O autoconhecimento é o principal aliado de quem busca inteligência emocional. Observando como você se comporta diante de determinada situação, fica mais fácil tentar mudar certos padrões e agir de forma mais eficiente.
A principal característica para desenvolver essa habilidade é justamente a capacidade de se perceber e entender como os sentimentos e a reação que temos a eles afetam nossa vida.
4 – Aprenda a lidar com pressão
Por mais que um ambiente com pressão constante possa causar impacto negativo nas pessoas a longo prazo, é inevitável que em algum momento seja preciso lidar com uma situação imprevista, um prazo apertado, um relatório complexo.
Sabendo que isso pode acontecer, crie ferramentas para organizar melhor seu dia a dia e, alinhado às atitudes citadas acima, compreenda que pode ser necessário agir de forma rápida.
5 – Amplie seu conhecimento
Ampliar o repertório e buscar especialização ajudam a ampliar as ferramentas para lidar com questões complexas e permite ter mais foco e conhecimento na hora de tomar decisões. Invista no seu desenvolvimento profissional com a pós-graduação Unopar EAD e conquiste novas habilidades que permitam adquirir inteligência emocional na prática.