Você sabe qual a importância do autoconhecimento profissional? Ele é definido como a identificação das suas características como profissional, de seus gostos e preferências até os pontos a serem desenvolvidos, e reconhecê-los vai fazer toda a diferença na trajetória da sua carreira.
Por mais que pareça um exercício um pouco óbvio, nem todo mundo consegue ter clareza ao descrever seu ambiente de trabalho ideal, por exemplo, ou quais são as habilidades que o destacam em seu emprego. Essa falta de compreensão sobre si mesmo pode atrapalhar o crescimento profissional e alongar jornadas que poderiam ser mais curtas. Por isso, abordamos tudo o que você precisa saber neste artigo. Confira agora!
Qual a importância do autoconhecimento profissional?
Quando você sabe quais são os seus destaques, pontos de melhoria e preferências no mercado de trabalho, criar metas e ter objetivos concretos é apenas uma consequência. Isso ocorre porque você já se conhece o suficiente para entender o que faz sentido para a sua carreira, e assim os caminhos para a sua trajetória aparecem facilmente.
Por outro lado, quando um profissional não sabe muito bem o que lhe agrada, suas habilidades de destaque e competências a desenvolver, fica muito mais difícil de entender qual deve ser o próximo passo. Afinal, se você não entende quais áreas mais te agradam, como poderá montar um plano de carreira focado em promoções? E se você não consegue identificar seus pontos fortes, como poderá encontrar vagas de emprego que se encaixam no seu perfil?
Todo o desenvolvimento de carreira fica comprometido quando não temos autoconhecimento na vida profissional, e é por isso que ele é essencial para o crescimento de qualquer pessoa. A partir do momento que entendemos o que queremos e o que precisa ser feito para chegar lá, fica muito mais simples montar um plano e trabalhar para aprimorar seus pontos fortes e desenvolver os pontos fracos, além de focar no que é necessário para alcançar os seus objetivos.
Dessa forma, fica fácil entender por que a falta de foco e conhecimento sobre si mesmo pode atrapalhar o seu desenvolvimento. Ela é capaz de te deixar estacionado em cargos que não te interessam, empresas que não combinam com o seu perfil e até mesmo com metas que, hoje em dia, não fazem mais sentido para você.
Os desafios para entender o que você gosta e quer alcançar
Contudo, nem sempre o processo para obter autoconhecimento na carreira profissional é simples. Muitas vezes, ficamos presos em concepções antigas e opiniões de pessoas que não se alinham com nossos objetivos, o que pode atrapalhar o processo e confundir ainda mais a definição dos nossos planos de carreira.
Ademais, a atual situação de trabalho também pode impactar a falta de clareza. Um profissional desempregado, por exemplo, costuma focar em conseguir uma posição em qualquer vaga para a qual se encaixe. Por mais que essa estratégia seja necessária em alguns casos, é interessante separar o momento da sua carreira dos seus objetivos a longo prazo, e ter autoconhecimento faz toda a diferença neste contexto.
Em contrapartida, em alguns casos ter um trabalho também pode atrapalhar esse desenvolvimento. Talvez a empresa não tenha a dinâmica e ambiente que você de fato deseja, mas estar em um cargo estável e com perspectivas de crescimento pode te fazer acreditar que é melhor permanecer ali, sem correr atrás dos seus sonhos de trabalho. Da mesma forma, recomeçar do zero e fazer uma transição de carreira também pode parecer arriscado demais, e por mais que seja o que você quer, a ideia pode acabar ficando de lado.
Como desenvolver autoconhecimento na vida profissional?
Para te ajudar a ter autoconhecimento na carreira profissional, separamos 7 dicas que vão trazer clareza para os seus objetivos e te ajudar a construir a carreira que você deseja. Veja na lista abaixo.
1 – Entenda os seus pontos fortes e fracos
O primeiro passo para conhecer a si mesmo, no âmbito profissional, é identificar seus pontos fortes e de melhoria. Eles serão a sua base para o autoconhecimento, e para isso, é preciso balancear sinceridade com o reconhecimento das suas habilidades, sejam elas técnicas ou comportamentais.
Seja honesto consigo mesmo ao avaliar quais competências te destacam no mercado e quais pontos ainda precisam de uma maior atenção, mas ao mesmo tempo, não seja tão crítico com as suas características. Todos estamos em constante processo de aprendizado, e precisar de um pouco mais de empenho para melhorar uma habilidade é natural e necessário para qualquer profissional.
2 – Avalie quais tarefas você mais gosta de executar
Além disso, também é essencial reconhecer o que você mais gosta de fazer no trabalho. Pense na sua área de formação, atuação e também nas suas atividades no trabalho atual. O que mais te agrada? Quais tarefas você faz sem ver o tempo passar? O que te dá vontade de aprender mais? Tem algum projeto que faz os seus olhos brilharem?
Faça uma lista e comece a pensar o que esses pontos significam, para onde eles podem te levar e que situações profissionais demandam um grande desenvolvimento de tais capacidades.
Contudo, é necessário tomar alguns cuidados, e aqui é importante separar preferências de habilidades, que foram avaliadas no primeiro tópico. Pode ser que você ainda não tenha todas as habilidades para se destacar naquilo que gosta, e é por isso que fazer essa diferenciação é essencial para o seu crescimento.
Muitas vezes, somos excelentes em algumas tarefas e situações, mas isso não significa que precisamos focar toda a nossa energia em trabalhos que valorizem essas competências. Afinal, podemos ser eficientes em centenas de aptidões, o que não quer dizer que vamos adorar todas elas.
3 – Preste atenção ao que não te agrada no seu trabalho, do ambiente às atividades
Da mesma forma, é interessante avaliar o que você não gosta no seu trabalho. Pode ser o ambiente, as atividades em si, a organização das equipes, formas de liderança, combinados, benefícios e qualquer outro ponto que te incomode, de alguma forma.
Esse exercício vai te ajudar a entender o que, de fato, faz sentido para a sua carreira e quais são os pontos que você gostaria de deixar para trás. Essa identificação torna a definição de metas e objetivos muito mais simples e objetiva, tendo em vista que você já sabe o que gostaria de evitar em trabalhos futuros.
Mas é bom manter os pés no chão, certo? Conseguir um emprego onde tudo te agrada é uma tarefa árdua, e pode ser que você nunca encontre o trabalho dos sonhos. É preciso ter flexibilidade e estar aberto a novas possibilidades, equilibrando a realidade do mercado de trabalho com questões que são inegociáveis para você.
4 – Visualize a sua vida profissional dos sonhos
Agora que você já tem uma ideia um pouco mais clara do que gosta e do que não gosta, chegou a hora de revisitar suas metas e checar se elas ainda combinam com o que você descobriu. Pense no que seria o seu trabalho dos sonhos e já detecte quais pontos fortes são necessários para chegar até ele.
Assim você consegue avaliar como precisa melhorar, as habilidades que terá que desenvolver e montar um plano de desenvolvimento para, aos poucos, conquistar tudo o que precisa para essa posição.
5 – Peça feedbacks de líderes e colegas de trabalho, mas tenha cuidado
As pessoas que trabalham e convivem conosco podem ter diferentes insights e visões sobre nossas capacidades, por isso é interessante pedir feedbacks e considerar o que colegas e líderes têm a dizer. Muitas vezes, eles serão capazes de pontuar capacidades que você não enxergava em si mesmo, explicar qual imagem você está construindo e também identificar fraquezas que precisam ser desenvolvidas.
Mas também é preciso ficar atento com algumas opiniões. Pode ser que, dado o seu rendimento no trabalho, gestores acreditem que você deve seguir um determinado caminho profissional, mas como já entendemos no segundo tópico, resultados eficientes não significam que você está fadado àquele contexto.
Visões externas são importantes, e é necessário ter humildade para aceitar não só os elogios, mas os “puxões de orelha” também, mas eles não são tudo. A chave para o autoconhecimento está sempre dentro de você, lembre-se disso.
6 – Busque suporte especializado
Mesmo com todas as dicas acima, o processo de autoconhecimento na carreira profissional pode ser complexo e necessitar de ajuda. Para isso, não hesite em buscar suporte especializado para contar com alguém que poderá te auxiliar de forma personalizada.
Fazer psicoterapia com psicólogos é uma ótima opção, que além de guiar a sua carreira, também poderá proporcionar autoconhecimento pessoal, outro ponto-chave para o desenvolvimento profissional.
7 – Faça cursos e especializações que te interessem
Saber do que você gosta é apenas o primeiro passo, e para aprimorar essas habilidades ou começar a desenvolvê-las do zero, é importante investir em cursos, eventos e especializações, como uma pós-graduação.
Essas oportunidades representam uma grande chance para entrar em contato com novidades do mercado, melhorar suas competências e entender o que de fato faz sentido para o seu futuro profissional – além de já turbinar o seu currículo.
8 – Monte um plano de carreira e lembre-se de atualizá-lo sempre
Para organizar tudo o que você descobrir, monte um plano de carreira. Nele, você deve inserir seus objetivos de curto, médio e longo prazo, bem como o que você precisa fazer e alcançar para chegar até cada um deles.
Mas lembre-se de atualizá-lo periodicamente. Mesmo já sabendo nosso perfil, pontos fortes e preferências, quando entendemos qual a importância do autoconhecimento profissional, também percebemos que podemos mudar de ideia, lapidar metas e criar novos propósitos. E para nunca perder seus objetivos de vista, revisite seu plano de tempos em tempos, isso vai manter suas metas alinhadas e te dar motivação para continuar.
