Todo mundo já deve ter ouvido a frase “a vida é feita de escolhas”, mas a pergunta que fica é: como saber se estou tomando a decisão certa? Essa é a grande dúvida, especialmente quando precisamos fazer escolhas complexas, que impactarão o rumo da nossa vida. Dizer sim em determinadas situações, escolher uma faculdade, mudar de país, todas essas questões nos levarão para um caminho diferente.
Muitos acabam se perguntando “e se?” e, apesar de podermos mudar de ideia no caminho, começar de novo é um processo longo. Como, então, saber se está tomando a decisão certa? É possível fazer análises práticas, planejar e criar táticas para fazer escolhas com mais confiança e determinação e, mesmo sem saber exatamente o resultado, se sentir otimista por ter definido determinado caminho.
Aprenda a tomar decisões
A verdade é que fazemos escolhas diariamente. Desde o que vamos comer no café da manhã, até a roupa que iremos usar. Algumas, claro, têm implicações menores e suas consequências não terão impacto tão grande na vida.
Mas, mesmo no trabalho, é preciso ser capaz de tomar decisões de prontidão. Essa característica, aliás, é desejada por recrutadores e gestores. Embora a dúvida seja um sentimento normal, profissionais capazes de fazer análises práticas rapidamente e tomar uma atitude, mesmo conscientes das possíveis repercussões, costumam ser bem vistos no mercado, especialmente para cargos de liderança.
Mas a dificuldade em tomar decisões envolve fatores psicológicos e pode acontecer com qualquer um. Escolher algo implica em deixar outra coisa para trás, e abandonar uma possibilidade pode ser difícil. Além disso, alguns traumas e inseguranças podem vir da infância, gerando medo de errar, o que torna uma pessoa indecisa.
Embora todos esses fatores sejam válidos, é preciso entender algumas questões:
- Errar é humano: é possível sim que você tome a decisão errada, mesmo analisando com cuidado. Tente aprender algo com isso e comece de novo.
- Você nunca saberá se tomou a decisão certa sem arriscar: correr riscos faz parte da vida e, ao invés de pensar no que deixou para trás, foque no que está a frente da decisão tomada.
Com isso em mente, veja algumas ferramentas para te ajudar nesse processo e permitir uma tomada de decisão mais acertada:
Analise os prós e contras
A regra número um é considerar os pontos negativos e positivos. Dependendo da escolha, só isso será suficiente, ao entender para que lado a balança pesa mais. Se for necessário, ponha no papel, e detalhe cada item que pode ser bom ou ruim. Esse é sempre o primeiro passo para avaliar em uma decisão.
Porém, atente-se para não criar muitas suposições. Algumas pessoas se prendem demais ao que pode acontecer no cenário A ou B, pegando detalhes pequenos e transformando em algo exagerado. Atente-se ao que é real e consegue controlar.
Não aja sem pensar
Uma decisão assertiva pode até ser feita rapidamente, mas nunca sem pensar. Decidir sem analisar as possibilidades é simplesmente ser impulsivo, e esse traço de personalidade costuma trazer mais problemas do que soluções em qualquer aspecto da vida.
Portanto, na hora de definir algo, mesmo que o tempo esteja contra, tire ao menos alguns minutos para fazer avaliações ou, se tiver mais tempo hábil, defina um prazo para dar uma resposta definitiva.
Analise o impacto na sua vida
Nossa bússola moral pode ser uma boa referência para apontar o caminho. Mas não só isso, os planos, sonhos e objetivos a curto e longo prazo também podem contribuir com a decisão. Por exemplo, há cinco anos, onde imaginava estar profissionalmente? Está alinhado com a decisão que se apresenta em sua carreira agora? Ou arriscar algo novo pode te levar a essa meta de cinco anos?
Isso exige autoconhecimento e uma dose de planejamento, mas resgatar essas situações do passado, e tentar lembrar onde imaginava estar pode facilitar a decisão.
Consulte outras pessoas
A opinião de amigos, familiares e colegas de trabalho pode ajudar. Claro que, dependendo da decisão, é importante comentar com as pessoas quem podemos confiar, mas só de compartilhar com elas os prós e contras, as análises que fizemos na cabeça ou até no papel já ajuda a verbalizar qual pode ser o desejo ou intenção.
Além disso, pessoas que nos conhecem bem podem oferecer uma perspectiva externa sobre quem somos, como nos comportamos, e ainda nos lembrar de propósitos e sonhos que podem ajudar com a escolha final.
Cuidado só para não se deixar influenciar pelas pessoas na hora de tomar a decisão, e certifique-se de que está fazendo o que é melhor para você e não para terceiros.
Confie em seus instintos
Fazer análises práticas é importante, mas existe uma voz dentro de nós que não deve ser ignorada. Nosso instinto nos avisa quando estamos em situação de perigo e, da mesma forma, pode nos mostrar qual a decisão certa.
Crie caminhos para mudança
As mudanças não precisam ser imediatas, nem acontecer da noite para o dia. Você pode decidir algo hoje, mas que só poderá pôr em prática em meses, ou anos. Digamos, por exemplo, que decidiu mudar de carreira.
Embora isso seja comum, exige certo planejamento, que inclui novas estratégias financeiras e um passo a passo de como mudar. Você pode, por exemplo, precisar de tempo para realizar uma pós-graduação EAD enquanto mantém o cargo atual e fazer a transição gradualmente.
Não há como saber se estou tomando a decisão certa, mas há como se sentir mais seguro e preparado na hora de fazer escolhas e, mesmo que não resulte no esperado, não será um arrependimento.