Como combater o bullying na escola? 5 ações que colaboram!

Criado no dia 7 de abril de 2016, o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola chama a atenção sobre a urgência do tema e nos leva a refletir sobre como combater o bullying na escola, função não apenas dos educadores, como também da família e de toda a comunidade escolar. 

Além da existência da data já ser algo chamativo o suficiente para falarmos sobre o assunto, os dados também nos alertam sobre o tema. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, divulgada em 2022, mais de 40% dos estudantes admitiram já ter sofrido algum tipo de bullying na escola. Não há dúvidas de que é urgente pensar sobre como combater o bullying na escola. 

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O que é bullying?

Muito se fala sobre o termo, mas nem sempre as pessoas sabem exatamente o que é bullying. De acordo com o Ministério da Educação, o bullying pode ser considerado uma intimidação sistemática: “Todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas”. 

Como combater o bullying na escola?

O bullying tem consequências sérias e deve ser tratado com atenção. Existem várias formas de combatê-lo. Abaixo, você encontra 5 caminhos para isso: 

1 – Reconheça que o bullying existe 

O primeiro passo é a escola reconhecer que o bullying existe. Muitos educadores são resistentes em acreditar que essa intimidação acontece na escola, afinal, aquele deveria ser um espaço seguro. Negar o problema só vai torná-lo mais grave. 

É importante que os profissionais entendam que esse abuso acontece, mas que nem sempre será uma cena violenta. Geralmente, são piadas maldosas, apelidos pejorativos e exclusão social de crianças e adolescentes. 

2 – Converse sobre o tema com os estudantes

É fundamental que a escola crie projetos para trabalhar o tema com alunos de diferentes idades. Pode ser uma roda de conversa, uma dinâmica em grupo ou uma palestra. Existem várias possibilidades. Essas são formas de apresentar informações sobre o tema, conscientizá-los e acolher os estudantes que são vítimas de bullying. 

Além disso, é uma maneira de fazer com que muitos entendam as consequências de suas ações na vida de outros alunos. Nem sempre as crianças e adolescentes têm consciência do que o bullying é capaz de fazer. 

3 – Aproxime as famílias da escola 

Outro ponto importante no combate ao bullying na escola é aproximar os familiares do tema. É importante que os pais dominem o assunto, entendendo seu significado e consequências na prática. Dessa forma, além de conseguir identificar possíveis comportamentos em seus filhos com mais facilidades, os pais passam a fortalecer o assunto que a escola está trabalhando. 

4 – Crie um espaço seguro para os alunos denunciarem 

Ao conscientizar os alunos sobre o tema, é importante mostrar que existe um espaço seguro para denúncias na escola, onde serão amparados e acolhidos sem julgamentos. Vale lembrar que é papel dos educadores lidar diretamente com o tema e intervir em casos de bullying. 

Para isso, os estudantes precisam encontrar um ambiente seguro, com profissionais empáticos e conscientes. É importante demonstrar que a equipe escolar está ali para protegê-lo e garantir que os abusos não vão se intensificar após a denúncia. 

5 – Estabeleça uma política de ação

É importante que a escola estruture uma política de ação de combate ao bullying. Já falamos sobre a importância da conscientização dos estudantes e do diálogo com a família. Também é preciso oferecer atendimento psicológico às vítimas e garantir um protocolo para lidar com o aluno que cometeu bullying de acordo com as práticas pedagógicas da escola. 

Dessa forma, envolvendo toda a comunidade escolar, será mais fácil combater o problema e criar um ambiente seguro para os estudantes. 

Pós-graduação em Saúde Mental nas Escolas

Para combater o bullying, os educadores devem dominar o tema e estar bem preparados para lidar com as consequências do problema. Investir em uma pós-graduação em Saúde Mental nas Escolas pode ser um caminho interessante, já que o curso tem como objetivo capacitar profissionais da educação para identificar e acolher estudantes com questões relacionadas à saúde mental. 

O curso ainda busca orientar os educadores, através de recursos psicopedagógicos, na elaboração e execução de atividades que contribuam para a construção de competências socioemocionais dos alunos. 

A especialização tem carga horária de 360h, divididas em 9 matérias de 40h cada, e a  grade curricular é composta pelas seguintes disciplinas:

  1. Saúde mental na infância e adolescência;
  2. Redes de atenção psicossocial;
  3. Violência estrutural e intrafamiliar;
  4. Projetos para o desenvolvimento de competências socioemocionais nas escolas;
  5. Oficinas terapêuticas: estratégias de cuidado em saúde mental;
  6. Legislação e políticas públicas de inclusão e multiculturalidade;
  7. Atenção psicossocial e uso de álcool e drogas;
  8. Acolhimento e prevenção do suicídio;
  9. BNCC e as competências socioemocionais.

Nesse sentido, a pós-graduação em Saúde Mental na Escola tem muito a contribuir em como combater o bullying na escola, já que torna os educadores especialistas em saúde mental, uma questão que está diretamente relacionada à prática de bullying. 

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