Trabalhar na área de Marketing permite se conectar com pessoas e entregar valor aos clientes por meio de produtos e soluções que atendam suas necessidades. Foi com base nesses pontos que Sue Ellen Baia, Gerente de Marketing da Platos, empresa da holding Cogna Educação, uma das principais organizações educacionais do mundo, há dois anos, decidiu seguir na área e desenvolver sua trajetória.
Sue sempre gostou de se comunicar e o sentimento de perceber como os indivíduos se relacionam entre si e com os serviços foi se aprofundando e, aos 22 anos, ingressou na graduação de Marketing, em 2008. “Com o Marketing, conseguimos contar histórias através do belo, mas também com dados ao ler os movimentos de consumo para que haja comunicação”, pontua.
Momentos marcantes na carreira
Ao longo de sua carreira, ela passou por diversas situações impactantes. Um deles foi a sua primeira liderança, aos 29 anos. “Isso traz uma sobrecarga porque é necessário delegar tarefas, ouvir pessoas, dialogar e ser um facilitador do trabalho da equipe, além de ajudar, engajar e inspirar cada um”, destaca.
No começo, foi desafiador, mas Sue diz que esse período pautou a gestora que é atualmente, sendo reconhecida pelos seus liderados. “Hoje, sou focada em gestão de pessoas. Tive a sorte de ter líderes bons no caminho, que queriam a progressão dos times. Também estudei, li muito e pedi ajuda, que é fundamental na aprendizagem, além de ouvir as críticas”, conta.
Outro momento citado por ela é a maternidade, que costuma trazer muitos questionamentos para as mulheres. “Meu filho vai fazer 3 anos e esse foi outro marco que trouxe mudanças e reorganização de priorizações e de como separo meu tempo. É preciso ter um equilíbrio saudável entre pessoal e profissional. Precisei me reinventar enquanto profissional”, diz.
Mercado de Marketing e conexão com consumidores
No segmento de educação, não diferente de outros setores, Sue destaca que o conhecimento do perfil do consumidor é o fator determinante para que a marca seja relevante e converse com as vulnerabilidades e até questões sociais, promovendo diálogo real e legítimo. Ela cita, inclusive, uma pesquisa feita pela McCann Worldgroup para falar sobre a importância da marca ser relevante para o público e um dos pontos mencionados é a vulnerabilidade.
“Exigimos que as marcas tenham posicionamento e participação ativa nos momentos em que estamos vivendo. É preciso humanizar a comunicação para lidar com esse período em que estamos todos vulneráveis. Queremos marcas que nos entendam e entreguem soluções, produtos e serviços que dialoguem com os nossos problemas”, afirma Sue.
No ensino superior – lato sensu, área gerenciada por Sue, esses pontos mencionados são bem latentes. “Antes, havia muitas pessoas no presencial, dentro das universidades, e que viam valor na presencialidade e que precisaram começar a estudar em casa, por conta da pandemia. Então, como nós, enquanto marca, vamos gerar valor para que elas não se sintam desamparadas?”, questiona.
Diante de cenários assim, as marcas precisam entender esses momentos de vulnerabilidade para encontrar soluções que atendam ao público. Se, antes, algumas empresas optavam por não se posicionar sobre determinados assuntos, hoje, os clientes cobram esses posicionamentos e querem, cada vez mais, marcas autênticas e humanizadas.
Para isso, as empresas devem estar dispostas a ouvir reclamações e as percepções para saber quais são os acertos e o que deve ter a rota recalculada. Nesse sentido, é essencial fazer pesquisa com os consumidores para saber o nível de felicidade deles com a solução ou produto oferecido e, assim, evoluir e fazer melhorias diante da interpretação dos dados obtidos.
Relevância do estudo online na atualidade
Conforme as marcas se posicionam, elas se tornam mais relevantes. Tudo isso pensando que é necessário entregar valor. Com base nas respostas dos consumidores, é possível debater os dados e, dessa forma, estruturar as mudanças que devem ser feitas. “O segmento de educação, em específico, se reinventou”, destaca Sue.
“De um lado, a presencialidade em sala de aula; do outro, o ensino a distância. Mesmo no ensino superior, que já era muito mais online, serviços, objetos de aprendizagem e canais de atendimento precisaram ser fortalecidos para abraçar uma série de pessoas que veem um valor adicional na presencialidade. Como eu consigo me reinventar e ouvir esse aluno para que ele veja valor no ensino a distância e o estudo seja proveitoso e produtivo para todos?”, completa.
De fato, o online possibilitou e ganhou relevância em muitas experiências que eram vividas presencialmente. O aluno do ensino presencial continua existindo, mas ganha adicionalmente todos os recursos, objetos digitais e benefícios da flexibilidade do ensino online. Aqui, o EAD ganha destaque, principalmente pela qualidade de ensino, que permanece igual e oferece os conhecimentos necessários aos profissionais, além de potencializar o ganho de tempo e a produtividade no dia a dia.
Reputação de marca e fidelização dos clientes
Não dá para negar: o marketing e a comunicação são ferramentas essenciais para aumentar a reputação de uma marca. Sendo assim, ao entregar a mensagem, a empresa precisa de uma devolutiva do consumidor para ir além e, a partir disso, corrigir rotas. É importante ter dados de pesquisa, mas também traçar estratégicas e ler indicadores das campanhas digitais para captar informações importantes do público e gerar mais aprendizado.
Nesse processo, para oferecer experiências significativas e fidelizar os clientes é preciso promotores, e também os detratores. “Quando fazemos pesquisa, queremos entender por quais motivos eles não gostaram do produto ou serviço oferecido. É importante entender”, diz Sue. Por outro lado, é necessário ouvir os promotores da marca também.
“Com as respostas do encantamento, o público que avaliou bem a marca pode falar como a empresa alcançou esse resultado positivo. Diversas marcas entregam bom serviço, com valor, e são reconhecidas, como iFood, Magalu e Netflix”, continua. Ela afirma que, a partir de feedbacks, é possível se reinventar e, com isso, os consumidores sabem que estão sendo ouvidos.
A importância do Growth dentro do digital
Ao gerar dados em pesquisas e campanhas, é possível ter espaço para testes, através das estratégias de Growth Hacking, buscando alternativas para adaptar, testar e rever rotas para não travar diante de um erro ou de um resultado que não seja positivo. “Todo teste que tenha resultados bem mapeados é capaz de gerar novos insights”, afirma Sue, que cursa MBA em Growth Marketing para E-commerce na Unopar.
Junto a isso, entram as metodologias ágeis e as sprints, que ajudam a mudar de caminho mais rápido diante dos resultados obtidos. “Analiso e, quando necessário, refaço a rota. As mudanças ficam mais fáceis, assim como a convivência com erros. É claro que ninguém quer errar, mas isso acontece e constrói uma skill importante, que é a adaptabilidade”, completa.
E para desenvolver todas as competências necessárias para atuar na área, é importante investir na aprendizagem contínua. “É necessário saber usar as ferramentas disponíveis hoje e os conteúdos para ser mais produtivo. No Marketing, especificamente, você tem que se especializar e se atualizar continuamente seja para a sua formação pessoal ou para entender o público com o qual está dialogando”, destaca Sue.
Para isso, a profissional completa: “É preciso entender tendências e estar por dentro dos conceitos para gerar campanhas, experiências, produtos e serviços cada vez mais inovadores. Além disso, o profissional deve entender o mercado que está inserido, bem como as necessidades e inseguranças do público.”
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