Qual o papel da fruticultura para a área do Agronegócio?

O Brasil ocupa a terceira posição mundial de produtor de frutas do mundo, perdendo apenas para a China e o Chile, colocando na balança 40 milhões de toneladas por ano em uma área de 2,3 milhões de hectares, com 5,6 milhões de empregos diretos gerados dentro da fazenda, representando 27% da mão-de-obra agrícola no país.

Dentro do setor de agronegócio, a fruticultura é uma das áreas mais rentáveis do Brasil, mesmo que 95% dessa produção seja para consumo interno. Se contarmos somente com a exportação de suco de laranja, o país consegue divisas da ordem de 2 bilhões de dólares e outros 900 milhões com as exportações de frutas frescas e secas.

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Como um país vasto, o Brasil consegue produzir de tudo um pouco em seu território, porém em função regional de clima, algumas áreas possuem certas especializações. O Nordeste é o campeão na produção de banana, cacau, caju, manga, abacaxi, mamão, maracujá e melão. Já o Sudeste lidera as safras de laranja, limão e tangerina, figo e goiaba. Descendo mais para o Sul, a região leva a medalha de ouro na produção de pera, pêssego, uva e maçã.

O que é necessário saber?

Para poder fazer parte da pequena parcela de menos de 3% da exportação de frutas frescas, é importante que o agricultor esteja a par de tecnologias modernas de produção, preços competitivos, uniformidade nos frutos, capital a ser investido, logística e acesso à distribuidores, o que já deixa bem explícito o porquê a exportação desses produtos é tão restrita e escassa.

Lá fora, destaca-se a Europa como grande compradora de frutas brasileiras, além da União Europeia que recorre ao Brasil para poder ter manga, mamão e melão frescos para o consumo em território nacional. Na verdade, o Brasil é um dos poucos países que tem condições potenciais, áreas disponíveis e diversidade de grutas para atender ao crescimento da demanda exterior pelo consumo de frutos naturais. 

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Ao mesmo tempo, os produtores de fruta sofrem com perdas da safra ocasionadas pela mosca do mediterrâneo, uma praga que pode afetar a produção e a qualidade de uma série de frutas. Os Estados Unidos, por exemplo, não aceitam frutas vindas de países que tenham as conhecidas como moscas-das-frutas, a não ser se forem submetidas a um rigoroso tratamento para garantir a ausência da praga.

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) junto à USP e outras instituições parceiras trabalham arduamente todos os anos para tentar conter esta praga. O governo brasileiro investiu na biofábrica Moscamed em Juazeiro (Bahia) para produção de machos estéreis no controle biológico da maior praga que compromete as grandes colheitas anuais e tornam o produto impróprio para a exportação.

Safras e faturamento da fruticultura

Dentre todos os problemas que o país enfrentou em 2020 com a chegada da Covid-19, o setor de fruticultura só lucrou: as safras e faturamento foram recordes esse ano. Além de poderem contar com a moeda favorável para a venda, incentivos econômicos como Plano Safra, com uma renda a ser distribuída em todo o território com o valor de R$ 251,22 bilhões para apoiar a produção agropecuária, R$ 14,9 bilhões (6,3%) em relação ao plano anterior e investimentos na malha logística, as mudanças no consumo provocados pelo lockdown parecem ter tido um reflexo positivo na alimentação saudável.

Mas as boas notícias não ficaram somente em território nacional: no primeiro trimestre de 2021, as exportações de frutas cresceram 7% comparado ao ano anterior. A grande estrela deste ano é a uva, que teve 105% de aumento nas vendas. De acordo com a ABRAFRUTA (Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados), o clima do primeiro trimestre de 2021 foi mais favorável e as chuvas foram mais amenas, melhorando a safra deste ano. 

Outra boa notícia foi uma alta de 89% a mais na produção de maçãs, com uma melhora acentuada na qualidade da fruta, chamando a atenção da Rússia, Índia e Bangladesh para fazer negócio com o Brasil. Já a laranja também trouxe números fora do normal: neste primeiro trimestre as exportações dessa fruta cresceram 2.878% devido a retomada de exportações que estavam paradas por conta de problemas fitossanitários da covid-19.

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