Vídeos curtos fazem sucesso nas redes sociais: quais estratégias seguir?

A essa altura, é bem provável que você já tenha visto algum vídeo viralizar no TikTok, e talvez até tenha ficado com uma daquelas músicas na cabeça. Desde a ascensão desta rede social, os vídeos curtos ficaram em alta. Mas você sabe quais estratégias seguir para se alcançar um engajamento satisfatório?

Para se ter um parâmetro, o sucesso desse tipo de conteúdo dinâmico foi tamanho, que até mesmo outras redes sociais foram influenciadas. É o caso do YouTube, por exemplo, que aderiu aos shorts, e do Instagram, que lançou os reels.

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Com as empresas, de modo geral, a situação também não foi diferente. Muitas passaram a buscar estratégias específicas para que pudessem se aproximar de seu público através desse tipo de vídeo, e conquistar cada vez mais engajamento a fim de vender um determinado produto ou serviço.

No entanto, por que esses vídeos rápidos conquistam tanto o público, a ponto de viralizar dessa forma notável? O assunto é tão intrigante que já despertou a atenção até mesmo da comunidade científica, que se mobilizou a entender todo o comportamento humano em torno desse conteúdo.

Como o cérebro reage a vídeos curtos?

Existe uma área do conhecimento chamada neuromarketing. É através dela que as grandes organizações buscam compreender o comportamento humano, sob uma ligação direta entre a neurociência e o marketing.

O neuromarketing prevê o comportamento do consumidor tendo como base o processamento de informação pelo cérebro e pode identificar o impacto emocional do produto. A ideia é entender  o que de fato influencia e move as decisões do consumidor.

E são justamente os profissionais dessa área que tentam compreender a resposta do ser humano aos vídeos de curta duração, algo que deu certo em um nível quase imensurável. A conclusão desses especialistas, inclusive, é que a popularidade desse conteúdo não deve ser ignorada pelas empresas no momento de divulgar seus produtos e serviços nas redes.

O sucesso por trás desses vídeos se dá por conta de um fenômeno chamado “neurocompatibilidade”. Isso quer dizer que esse conteúdo pode acionar neurotransmissores específicos e desencadear sensações nas pessoas. 

O que são neurotransmissores?

Caso não esteja familiarizado com esse termo, nós explicamos: os neurotransmissores são definidos como mensageiros químicos que transportam, estimulam e equilibram os sinais entre os neurônios, ou células nervosas. Basicamente, são substâncias produzidas pelo cérebro.

Por estimularem a produção de neurotransmissores específicos, esses vídeos conseguem “prender” a atenção do cérebro.  Um fator que justifica isso é justamente sua rapidez, além do fato de que o conteúdo é apresentado em looping.

Além disso, muitos desses vídeos usam propositalmente elementos da memória, como áudios de personagens ou músicas que estejam tocando com frequência naquele determinado período (por isso você tem a sensação de que aquela canção está “em todo lugar”).

Especialistas também associam esse tipo de vídeo ao neurônio-espelho que, segundo a Fapesp, está ligado à visão e ao movimento, e permite o aprendizado por imitação, já que é acionado quando é necessário observar ou reproduzir o comportamento de outros seres da mesma espécie. 

Os pesquisadores acreditam que seja a base das habilidades sociais dos primatas, usado para analisar cenas ou intenções de outros indivíduos. Vale acrescentar que sua localização já está definida: no córtex pré-motor e lobo parietal inferior dos primatas.

Isso tudo para dizer que os vídeos que atualmente bombam nas redes sociais estimulam o público a imitar o comportamento, ou seja: despertam o desejo de dançar, quando o conteúdo é uma das famosas coreografias, por exemplo.

Você consegue pensar em outro tipo de conteúdo que viraliza, além das “dancinhas do TikTok”? Os memes, é claro. E também existe ciência nisso: o humor estimula a produção de serotonina, o neurotransmissor responsável por proporcionar a sensação de bem-estar.

Para se ter uma noção, os memes são tão “poderosos” que também agem diretamente no cortisol, o humor relacionado ao estresse. E é por causa dessa sensação que as pessoas ficam motivadas a compartilhar o conteúdo. Uma vez que se depara com esse bem-estar, o usuário quer que as outras pessoas também tenham essa sensação.

Empresas aderem aos vídeos curtos 

Já não é de hoje que as empresas se apropriam da internet para se aproximar dos consumidores. Parte dessa tarefa é a atualização em relação às tendências, e não há algo mais em alta hoje em dia do que o estilo de vídeos do TikTok e dos reels do Instagram.

Os consultores apontam que a tarefa de optar por uma plataforma específica para promover a marca está intrinsecamente relacionada com os objetivos estratégicos da empresa. Por isso, é preciso ter claro o que se busca com a presença dessa marca nas redes sociais.

A empresa precisa entender que vídeos curtos ou longos podem proporcionar resultados distintos, por isso é tão importante fazer uma pesquisa e consultar especialistas do assunto para chegar à conclusão do que é o melhor para aquela marca a ser promovida. Agora, confira como ter engajamento no TikTok.

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