Com o avanço de tecnologias e as mudanças constantes em nossa sociedade, o que o futuro do trabalho nos reserva? Foi justamente com essa questão em vista que o Fórum Econômico Mundial lançou o relatório Futuro dos Empregos 2023. O material apresenta a perspectiva de 803 empresas, que empregam coletivamente mais de 11,3 milhões de trabalhadores.
A estimativa trazida no relatório é que 23% dos empregos devem mudar nos próximos cinco anos, com um crescimento de 10,2% e um declínio de 12,3%. Os empregadores sugerem que 69 milhões de novos empregos devem ser criados e 83 milhões eliminados entre os 673 milhões de empregos correspondentes ao conjunto de dados.
Esse número corresponde a uma redução líquida de 14 milhões de empregos, ou 2% do emprego atual. No que diz respeito aos principais impulsionadores do crescimento do emprego, o estudo menciona as macrotendências, incluindo a transição verde, os padrões ESG e a localização das cadeias de suprimentos.
Por sua vez, os desafios econômicos envolvem a inflação alta, o crescimento econômico mais lento e a escassez de suprimentos. O relatório também menciona que o avanço da adoção de tecnologia e o aumento da digitalização devem representar uma significativa rotatividade no mercado de trabalho.
O papel da tecnologia no futuro do trabalho
O material menciona que a tecnologia tende a representar tanto desafios quanto oportunidades para os mercados de trabalho. Ainda assim, os líderes esperam que a maioria das tecnologias traga uma contribuição positiva para a criação de empregos.
As mudanças proporcionadas pela tecnologia contemplam diferentes áreas, que vão desde a maneira com a qual o trabalho é realizado — considerando a transição do presencial para o remoto, por exemplo — até os próprios cargos e suas respectivas funções, uma vez que a tecnologia tem potencial para abraçar para novas carreiras ao mesmo tempo em que toma espaço de algumas profissões.
Com o passar do tempo, funções consideradas de menor complexidade foram diminuindo, e com isso os profissionais que apresentam maior qualificação para lidar com o avanço da tecnologia se tornaram cada vez mais valorizados no cenário mercadológico.
Porém, as empresas também viram a necessidade de aderir a inovações tecnológicas e determinadas ferramentas para que não sejam deixadas para trás pelas concorrentes, já que o público busca por serviços e produtos de organizações modernas e atuais.
Quais são as profissões em declínio?
Ao mesmo tempo, existem funções em declínio mais rápido, também por conta da tecnologia e pela digitalização. A previsão é que funções administrativas ou de secretariado, incluindo caixas de banco, caixas e funcionários de entrada de dados, deverão sofrer o declínio mais rápido.
Embora as expectativas de substituição do trabalho físico e manual por máquinas tenham diminuído, espera-se que o raciocínio, a comunicação e a coordenação sejam mais automatizáveis no futuro. Com isso, a inteligência artificial deve ser adotada por quase 75% das empresas que fizeram parte da pesquisa.
Ao todo, 50% das organizações esperam que a inteligência artificial gere crescimento de empregos e 25% esperam que ela gere perda de empregos.
Quais são as profissões em alta?
Segundo o relatório, a big data está no topo da lista de tecnologias que devem criar empregos, com 65% dos entrevistados da pesquisa esperando crescimento de empregos em funções relacionadas.
Conforme explicado no material, o treinamento de funcionários para utilizar IA e big data será priorizado por 42% das empresas pesquisadas nos próximos cinco anos, ficando atrás do pensamento analítico (48%) e do pensamento criativo (43%) em termos de importância.
Enquanto isso, são esperadas aproximadamente 2 milhões de novas funções habilitadas digitalmente, como especialistas em comércio eletrônico, especialistas em transformação digital e especialistas em marketing e estratégia digital. A estimativa é que, em média, haja um crescimento de 30% até 2027 para os seguintes empregos:
Analistas e cientistas de dados
Os analistas e cientistas de dados coletam, organizam, analisam e interpretam grandes volumes de dados para extrair insights significativos que auxiliam na tomada de decisões estratégicas. Algumas das principais tarefas desempenhadas por esses profissionais são: análise exploratória de dados, interpretação e apresentação de resultados, monitoramento e otimização.
Especialistas em Big Data
Especialistas em Big Data são profissionais que possuem conhecimentos e habilidades específicas relacionadas ao processamento e análise de grandes volumes de dados. Eles trabalham com tecnologias e ferramentas especializadas para lidar com os desafios e oportunidades que surgem ao lidar com conjuntos de dados massivos.
Especialistas em inteligência artificial
Já os especialistas em Inteligência Artificial (IA) possuem conhecimentos e habilidades específicas no campo da IA, que envolve o desenvolvimento e aplicação de sistemas e algoritmos capazes de imitar a inteligência humana e realizar tarefas complexas. Esses especialistas trabalham desde a pesquisa e desenvolvimento de algoritmos até a implementação de soluções práticas.
Profissionais de segurança cibernética
Profissionais de segurança cibernética são especialistas responsáveis por proteger sistemas, redes, dados e informações contra ameaças virtuais. Eles têm conhecimentos e habilidades específicas relacionadas à segurança da informação, buscando identificar, prevenir e responder a ataques cibernéticos.
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