O mercado de trabalho está em constante inovação e, enquanto alguns cargos se tornam obsoletos, outros surgem, mais alinhados à realidade atual das empresas. Um deles é o gestor de inovação, responsável por promover novas ideias e aumentar a competitividade das organizações.
“Pensar fora da caixa” não é um conceito novo, mas a pressão por inovação é cada vez maior nas organizações. Em geral, quando ideias inovadores são estimuladas, é dentro das equipes ou a partir de um comitê.
Porém, empresas modernas, que têm o conceito em seu DNA, apostam no desenvolvimento de uma área dedicada a isso. E é aí que entra o papel do gestor. Seja com uma equipe própria, seja alinhado com todas as áreas da organização, esse profissional é responsável por coordenar os projetos com foco em transformação.
Nos últimos anos, esse cargo tem ganhado destaque nas organizações e apresenta uma ótima oportunidade de carreira. Só na área de inovação digital, por exemplo, os salários podem chegar a R$ 32 mil por mês, segundo o Guia Salarial Robert Half.
Qual o papel da gestão de inovação?
A descrição desse cargo não é tão definida, já que esse perfil pode atuar de formas diferentes dentro da organização. Porém, um fato é claro: seu papel é pensar em novas soluções.
Mas, ao contrário do que se acredita, a inovação não está limitada ao desenvolvimento de um novo produto, e pode significar diversos tipos de transformação, inclusive internas, que permitirão que a empresa se desenvolva.
A inovação corporativa está relacionada com a capacidade das organizações de promoverem transformações, sejam elas alinhadas com as mudanças no mercado, seja com os desejos dos consumidores.
Portanto, mais do que inventar algo novo, essa característica implica em um novo olhar para o que já existe, identificar novas oportunidades e promover melhorias de processos.
Um gestor de inovação tem a missão de estar atento a esses aspectos, compreendendo as movimentações do mercado, bem como o funcionamento interno da empresa, propondo soluções, e coordenando projetos inovadores criados por outros colaboradores.
Ele serve como um guia para a companhia, estimulando as equipes a serem disruptivas, apontando caminhos para que essa transformação ocorra em diferentes áreas e facilitando esse processo.
Como ser um gestor de inovação?
Esse cargo é multidisciplinar, ou seja, não exige só um tipo de habilidade técnica, mas sim conhecimento abrangente em diversas áreas. Qualquer tipo de profissional pode se tornar um gestor de inovação, desenvolvendo as habilidades requisitadas no cargo.
O que as pessoas com interesse nesse cargo precisam ter em mente é que o aprendizado deve ser constante. Mais do que algum conhecimento específico, o posto exige alguém bem informado e curioso. Confira quais as principais soft skills para atuar como gestor de inovação:
De olho nas tendências
O segredo para inovar e estar sempre atento ao que fará sucesso amanhã. Anualmente, organizações de pesquisa e tendências divulgam relatórios que ajudam a traçar um panorama de como o mercado vai agir e o que estará em alta. Além disso, os próprios indicadores da organização podem ajudar a indicar novos padrões.
Quem deseja atuar nesse segmento deve estar sempre atento às tendências, seja dos consumidores, do ramo de atuação, do mercado internacional e qualquer tema que seja relevante para a sociedade.
Aprimoramento constante
Ler muito e sobre assuntos diversos é a forma mais fácil de ampliar o conhecimento. Não há limites para o que podemos aprender e, seja na literatura, em pesquisas ou até mesmo no noticiário, a informação é uma ferramenta indispensável.
Estudar e se aprofundar em temas também é indicado. Fazer um curso como a pós-graduação EAD Anhanguera oferece ferramentas extras para se desenvolver na área, além de ampliar o repertório, colocar o profissional em contato com novas realidades e aumentar sua habilidade técnica.
Empresa na ponta da língua
Para promover a transformação em uma organização é necessário conhecê-la profundamente. A habilidade de transitar por áreas e reconhecer onde há oportunidades de inovação só será desenvolvida se o gestor conhecer a fundo o lugar onde trabalha, sua cultura, sua visão estratégica e objetivos.
Criatividade aguçada
Muitas pessoas se contentam em dizer que “não nasceram criativas”, mas isso não é um dom. Qualquer um pode ser criativo, e essa característica pode ser treinada e desenvolvida. Além das leituras que comentamos acima, ser uma pessoa curiosa, que busca o “porquê” das coisas, ajuda na criatividade.
Como as coisas são feitas? Por que nos comportamos de determinada maneira? O que faz uma pessoa querer um produto ou outro? Ao buscar respostas para perguntas que nem todos estão fazendo, além de adquirir conhecimento, podemos expandir os horizontes e desenvolver ideias criativas.
Uma dose de coragem
Uma empresa que não estimula o desenvolvimento dos funcionários dificilmente estará interessada em ouvir o que eles têm a dizer. Um ambiente difícil muitas vezes faz com que as pessoas abaixem a cabeça, sigam o que foi mandado e não se metam onde não foram chamados.
Apesar dessa realidade ser mais comum do que se gostaria, o primeiro passo para ser inovador é conseguir dividir as boas ideias, e isso exige coragem.
Até mesmo em um ambiente propício, onde novas soluções são bem-vindas, o novo é sempre um risco e pode sim dar errado. Mas a coragem para tocar os projetos, assumindo possíveis riscos, pode trazer resultados inesperados.
Qualquer um que esteja disposto a desenvolver essas habilidades pode se tornar um gestor de inovação. O desenvolvimento de uma carreira de sucesso exige esforço, mas as possibilidades de se destacar são maiores ao tornar-se um profissional mais completo.